Bankinter regista resultados de 731 milhões de euros até setembro, mais 6,8%, com forte dinâmica da atividade comercial e maior diversificação do negócio
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Crescimento sólido do banco em todos os volumes do seu negócio com clientes, em especial os recursos geridos fora do balanço, que crescem 23,3%. Por sua vez, a carteira de crédito cresce 5% em relação ao mesmo período de 2023.
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O Bankinter consolida o seu rácio de eficiência nos 34,6%, liderando no setor, assim como no seu perfil de risco, ao registar um rácio de morosidade de 2,2%, e rentabilidade, com um ROE de 17,1%.
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As rubricas da conta de resultados crescem a um bom ritmo, face ao mesmo período do ano passado: margem de intermediação, +5,5%; margem bruta, +7,30%; e margem de exploração, +7,8%.
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O Bankinter Portugal alcança a 30 de setembro um resultado antes de impostos de 154 milhões de euros, o que representa um crescimento de 13%.
24/10/2024 – O Grupo Bankinter consolida a tendência registada ao longo de 2024, com crescimentos acima do mercado em todos os negócios e geografias em que o banco opera, dinamizando a diversificação das suas fontes de receitas. A entidade compensa um contexto de descida de taxas de juros com crescimentos nos volumes de negócio, tanto na carteira de crédito como nos recursos de clientes, com especial destaque para os geridos fora do balanço. Esta maior atividade comercial trouxe melhorias em todas as rubricas da conta de resultados e em todos os rácios.
O Grupo Bankinter alcança a 30 de setembro de 2024 um resultado antes de impostos de 1.083 milhões de euros, mais 7,9% do que o valor registado no final do terceiro trimestre de 2023. Quanto ao resultado líquido, situa-se nos 731 milhões de euros, o que representa um crescimento de 6,8% face ao mesmo período do ano passado.
Todos os rácios da conta de resultados refletem a boa gestão do negócio. Assim, o ROE, ou rentabilidade sobre recursos próprios, mantém-se nuns excelentes 17,1%, com um ROTE que se consolida igualmente nos 18,2%, em termos semelhantes aos valores registados há um ano.
O rácio de capital CET1 fully loaded melhora ligeiramente no ano até aos 12,6%, superando em 470 pontos-base o mínimo regulatório exigido pelo BCE ao Bankinter, que é 7,86%, o mais baixo da banca cotada em Espanha.
Quanto ao rácio de morosidade, mantém-se estável nos 2,2% para todo o Grupo. Se nos focarmos em Espanha, o rácio de morosidade é de 2,6%, face ao valor médio de 3,4% do setor, segundo dados até agosto do Banco de Espanha. A cobertura de morosidade cresce de 66,2% para os 68,7%.
Relativamente à liquidez, o rácio de depósitos sobre créditos sobe até aos 105,8%.
Por último, importa destacar o rácio de eficiência do Grupo Bankinter, que melhora até aos 34,6%, comprovando mais uma vez a liderança do banco nesta variável que reflete a relação entre proveitos e custos e que é mais favorável quanto mais baixo for.
Dados do Balanço
Os ativos totais do Grupo a 30 de setembro de 2024 alcançam os 118.376 milhões de euros, mais 9,2% do que há um ano.
A carteira de crédito sobre clientes conclui o período em análise nos 78.359 milhões de euros, sendo este valor 4,7% superior ao do final do terceiro trimestre de 2023.
Quanto aos recursos de clientes de retalho, chegam aos 81.287 milhões de euros, o que representa mais 3,9% do que há um ano.
Relativamente aos recursos geridos fora do balanço (fundos de investimento, próprios e de terceiros comercializados pelo banco, fundos de pensões, gestão patrimonial, SICAVs e investimento alternativo) consolidam o forte crescimento que têm vindo a registar ao longo do ano: 54.903 milhões de euros, o que representa uma subida de 23,3%, ou seja, mais 10.383 milhões de euros do que há um ano.
Rubricas da conta de resultados
Todas as rubricas da conta de resultados crescem a um bom ritmo, face ao mesmo período do ano passado. A dinâmica da captação de negócio, a boa gestão dos diferenciais e uma cada vez maior diversificação das fontes de receitas justificam o crescimento das referidas rubricas.
A margem de juros alcança os 1.728 milhões de euros, o que representa mais 5,5% do que o valor registado há um ano, e isto apesar da descida das taxas de juro e de um crescimento conjuntural do custo dos recursos.
A margem bruta, que engloba todas as receitas do Grupo, soma no final do terceiro trimestre 2.151 milhões de euros, mais 7,3% do que há um ano, suportada por um excelente desempenho das receitas das comissões, maioritariamente provenientes de serviços de maior aportação de valor para o cliente, que somam um total de 668 milhões de euros em comissões recebidas, quase mais 10% do que há um ano.
Entre as comissões, destacam-se as provenientes do negócio de gestão de ativos, 239 milhões de euros, com um crescimento de 16%; as do negócio transacional de cobranças e pagamentos, 145 milhões de euros, mais 7%; ou as do negócio de Valores, que englobam gestão, custódia e brokerage, que crescem 10% até aos 98 milhões de euros.
Se ao total das comissões cobradas deduzirmos as que o banco paga aos seus parceiros comerciais da Rede de Agentes e de Banca Partner, registaríamos um valor de 521 milhões de euros em comissões líquidas, as quais crescem 13,5% em relação ao mesmo período do ano passado e que representam 24% das receitas do grupo.
Quanto à margem de exploração, cresce 7,8% em relação ao valor registado no exercício anterior, até aos 1.407 milhões de euros, integrando custos que crescem comparativamente 6% devido a maiores investimentos e novos projetos.
No entanto, o maior crescimento dos proveitos leva a que a eficiência do banco se consolide na liderança do setor, com 34,6%, 27 pontos-base abaixo do rácio de há um ano.
Crescimento em todos os volumes de negócio e maior quota de mercado
A estratégia de negócio do Bankinter, cada vez mais consolidada e diversificada, está a impulsionar o volume de negócio com clientes, que alcança já os 215.000 milhões de euros entre crédito, recursos típicos de retalho e ativos sob gestão, um valor 44% acima do alcançado em finais de 2019. Esta dinâmica está a permitir ao banco ganhar quota de mercado de forma sustentável em todas as atividades e geografias em que opera. Importa assinalar, por exemplo, que as receitas provenientes das operações de Portugal e da Irlanda representam já 16% da margem bruta do Grupo, o que reflete a boa evolução destas sucursais e do potencial que reservam para o futuro.
A principal fonte de receitas do banco continua a estar em Espanha, incluindo o EVO Banco. De acordo com os dados até 30 de setembro de 2024, a carteira de crédito em Espanha situa-se nos 65.000 milhões de euros, com um crescimento de 2,4%. Quanto aos recursos de clientes, alcançam os 75.000 milhões de euros, mais 5%, enquanto os geridos fora do balanço registam um crescimento anual de 25% até aos 51.000 milhões de euros. O resultado antes de impostos em Espanha atingiu os 998 milhões de euros, o que representa um crescimento de 8%.
Quanto a Portugal, a carteira de crédito cresce 11% em termos anuais até aos 10.000 milhões de euros, dos quais 6.500 milhões de euros são referentes à Banca Comercial (+7%) e 3.200 milhões de euros (+22%) à Banca de Empresas. Os recursos de clientes, dentro e fora do balanço, crescem a um ritmo muito superior: 25% os primeiros, até aos 9.000 milhões de euros, e 11% de crescimento anual para os recursos geridos fora do balanço, que alcançam os 4.000 milhões de euros. O Bankinter Portugal alcança a 30 de setembro um resultado antes de impostos de 154 milhões de euros, o que representa um crescimento de 13%.
Relativamente à Irlanda, a carteira de crédito cresce 34% em base anual até aos 3.700 milhões de euros, dos quais 2.700 milhões dizem respeito a crédito hipotecário, que crescem 41%. O resultado antes de impostos desta sucursal no final do terceiro trimestre foi de 29 milhões de euros, mais 12% do que o valor registado há um ano.
Passando a analisar as diferentes linhas de negócio do Grupo, a Banca de Empresas situa o volume da sua carteira de crédito nos 33.000 milhões de euros, 5% acima do valor registado a 30 de setembro do ano passado. Por países, o crescimento da carteira de crédito em Espanha é de 4% face a uma descida setorial de 2%, segundo dados até agosto do Banco de Espanha, enquanto no Bankinter Portugal a subida é de uns meritórios 22%.
O Negócio Internacional de Empresas continua a mostrar o seu dinamismo, com uma carteira de crédito que cresce 11% até aos 9.800 milhões de euros. Um negócio especialmente relevante é o de ‘Supply chain finance’, que, com 262 milhões de crédito, duplica o valor de há um ano. Destaca-se também a dinâmica do banco no serviço de apoio e aconselhamento às empresas nos seus projetos que incluem candidaturas a fundos Next Gen, que conclui com 623 milhões de euros em operações contratadas, mais 75% do que há um ano.
Na Banca Comercial, que agrupa o negócio dos particulares, a dinâmica é ainda maior, com um património gerido de clientes que alcança os 124.000 milhões de euros, que representa mais 15% do que há um ano.
Considerando este valor, 70.000 milhões de euros correspondam à Banca Patrimonial, que reúne os clientes com património mais alto, face aos 59.000 milhões registados há um ano. O património líquido novo captado pelo banco neste segmento ao longo deste exercício soma 2.800 milhões de euros. No outro segmento da Banca Comercial, a Banca Retail, o património gerido situou-se nos 55.000 milhões de euros, com 2.400 milhões de euros de património líquido novo.
Entre os produtos da Banca Comercial, destaca-se o bom resultado que a atividade da gestão de ativos está a registar, com um valor de recursos geridos fora do balanço que no final de setembro alcançou os 54.903 milhões de euros, mais 23,3%. No âmbito da gestão de ativos, os fundos de investimento próprios crescem 23,9%, até 15.178 milhões de euros, e os fundos de outras gestoras comercializados pelo banco crescem 22,3%, até 22.890 milhões de euros. Quanto aos fundos de pensões o seu crescimento é de 16,4%, enquanto a carteira de gestão patrimonial e SICAVs registam um crescimento de 35,4%. Por sua vez, a atividade do banco no negócio do investimento alternativo conclui os primeiros nove meses do ano com um volume de 4.874 milhões de euros, mais 15,8% do que há um ano. Destaca-se também o valor recorde de 30.000 milhões de euros em carteiras de renda variável depositadas pelos clientes em Espanha
Outro dos produtos diferenciadores do banco, a conta ordenado, com especial capacidade de atração de novos clientes, alcança 4% de crescimento no número de contas, até às 658.000.
O negócio hipotecário do banco dá sinais de estabilização. A nova produção hipotecária nestes nove meses é igual à do mesmo período do ano passado, 4.200 milhões de euros, com uma quota de mercado de 7% em Espanha, 6,9% em Portugal e 8% na Irlanda, segundo os últimos dados publicados pelos bancos centrais destes países.
A carteira hipotecária residencial do Grupo Bankinter situa-se no final de setembro nos 36.200 milhões de euros, mais 5% do que na mesma data de 2023.