Bankinter termina o primeiro trimestre com 145 milhões de euros de resultado líquido, mais 1,4%, com crescimento em todas as linhas de negócio.

25/04/2019
  • Forte crescimento nos recursos de Clientes (+10%)e na carteira de crédito (+5%) em Espanha, que mostram que o Bankinter tem melhor comportamento do que a media do setor.

  • O rácio de capital CET1 fully loaded terminou o período em 11,80%, 360 pontos básicos acima do mínimo exigido à entidade pelo Banco Central Europeu para o presente exercício.

  • O Bankinter mantém os rácios de rentabilidade (ROE de 12,6%) e de incumprimento (2,87%) em posição de liderança entre os seus concorrentes.

  • O Bankinter Portugal apresenta resultados antes de impostos de 22 milhões de euros, um crescimento de 16%.

25/4/2019: O Grupo Bankinter mantém em 2019 a tendência de crescimento do exercício anterior, sustentada num negócio diversificado com Clientes, rentável e sustentável para o futuro.

Desta forma, o Grupo Bankinter alcança um resultado líquido no primeiro trimestre de 145 milhões de euros e resultados antes de impostos de 198,6 milhões de euros, o que se traduz num aumento de 1,4% comparativamente ao mesmo período do ano anterior nos dois casos, apesar do contexto de taxas de juros.

Entre os pontos fortes do Grupo Bankinter destaca-se a sua rentabilidade, com um ROE, ou rentabilidade sobre o capitais próprios, de 12,6%, valor que coloca o Bankinter em posições de liderança entre os bancos do mercado espanhol.

Por outro lado, o Grupo dispõe de uma qualidade de ativos que o colocam numa das posições mais sólidas do setor, com uma taxa de incumprimento de 2,87%, verificando-se uma redução de 16% face ao mesmo período do ano anterior, o que significa metade da média do sistema financeiro.

Os ativos imobiliários adjudicados também verificaram uma redução substancial, situando-se num valor bruto de 328,6 milhões de euros, comparativamente a 398,2 milhões obtidos há um ano. A cobertura sobre estes Ativos adjudicados é de 45,5%.

No que se refere à solvência, outro dos pontos fortes da entidade, o rácio de capital CET1 fully loaded  fechou o primeiro trimestre em 11,80%, o que significa uma diferença significativa, de 360 pontos básicos, face às exigências de capital exigidas pelo Banco Central Europeu à entidade, para o presente exercício.

No que se refere à liquidez, o gap comercial (diferença entre o total de crédito concedido a Clientes e os recursos de Clientes) da entidade é de 3.200 milhões de euros. Paralelamente, o rácio de depósitos sobre créditos situa-se nos 95,2%, 320 pontos básicos acima do valor registado no primeiro trimestre de 2018.

Por último, o banco prevê 800 milhões de euros de vencimentos de emissões obrigacionistas para este exercício, bem como para o seguinte. Já para 2021 não estão previstos vencimentos. Para fazer face a estes vencimentos, o Banco conta com ativos líquidos com um valor muito superior, concretamente de 12.500 milhões de euros e uma capacidade de emissão de obrigações de 6.900 milhões, sendo ambos os valores superiores aos obtidos no fecho do exercício passado.

As rubricas continuam em crescimento

Todas as rubricas da conta de resultados do Grupo Bankinter, no fecho do primeiro trimestre do ano, apresentam valores superiores às do mesmo período de 2018, o que demonstra a capacidade da entidade para continuar a gerar maiores receitas.

A margem de juros atinge um total de 275,4 milhões de euros, o que representa mais 1,3% que a mesma rubrica em 2018, pese embora o cenário de taxas de juro que se mantém inalterado em níveis que dificultam o negócio bancário.

A margem bruta atinge os 505,4 milhões de euros, o que significa mais 1%, com receitas líquidas provenientes de comissões de 114 milhões no ano, que crescem 5,1% e representam 23% do total desta margem.

Já a margem de exploração fechou, a 31 de março, em 254,3 milhões de euros, mais 1,8% que há um ano, com os custos operativos a manterem-se semelhantes ao primeiro trimestre de 2018, o que leva a uma melhoria do rácio de eficiência da atividade bancária com amortizações, que passa de 46,6%, há um ano, para 46,5%, graças a maiores receitas.

No que se refere ao balanço do Bankinter, os ativos totais do Grupo ascendem, a 31 de março, a 78.287,2 milhões de euros, mais 9,8% do que no primeiro trimestre de 2018.

O total de crédito a Clientes ascende a 55.801,4 milhões de euros, mais 5,4% do que o valor de há um ano. Em Espanha, a carteira de crédito ascende a 50.200 milhões de euros, face aos 48.000 milhões de há um ano, um crescimento de 5% numa altura em que o setor voltou a reduzir a sua carteira em 2,1%, de acordo com dados de fevereiro do Banco de Espanha.

Quanto aos recursos de Clientes de retalho, fecharam este primeiro trimestre em 51.579,4 milhões de euros, o que significa mais 9,6% que há um ano. Do total deste volume, 47.300 milhões de euros correspondem a Espanha, com um crescimento de 9% em 12 meses, comparativamente a 6,1% do crescimento setorial, também segundo dados de fevereiro. 

Linhas de negócio que se complementam e a crescer a bom ritmo

Os resultados comprovam que o crescimento orgânico é, trimestre a trimestre, a base do avanço eficiente do banco, apoiado no negócio recorrente com Clientes.

Nas cinco linhas estratégicas do Bankinter, a Banca de Empresas é a que mais contribuiu para a margem bruta da entidade, com 27%. A carteira de crédito deste segmento mantém a tendência de crescimento, alcançando 23.900 milhões de euros, comparativamente aos 22.700 milhões obtidos há um ano. Desse valor, 22.600 milhões correspondem à carteira de crédito de Empresas de Espanha, com 4,3% mais do que há um ano, o que contrasta com uma redução de 5,7% no setor, de acordo com dados de fevereiro do Banco de Espanha. Isto significa que o Bankinter consolidou a sua quota de mercado nesta área de negócio.

Metade do crédito deste segmento é referente ao negócio com pequenas e médias empresas, que aumentou 8%. Os restantes 50% referem-se ao negócio com grandes empresas. No global, a Banca de Empresas aumentou 4% o volume de Clientes ativos.

No âmbito da sua estratégia de se converter num banco de referência para as empresas, o Bankinter está a impulsionar o negócio da Banca Internacional, com o objetivo de apoiar as operações das empresas no exterior. Uma prova deste impulso é o crescimento da carteira de crédito na Banca Internacional, de 25%, situando-se nos 4.900 milhões de euros. A margem bruta desta atividade cresceu 16%.

A Banca de Investimento é outra das áreas do negócio com Empresas que o Bankinter está a reforçar, como demonstra o crescimento de 20% do crédito, totalizando 2.300 milhões de euros, com um aumento de 75% das receitas provenientes de comissões e de 31% na margem bruta.

O segundo pilar estratégico do Grupo Bankinter é a Banca Comercial, dirigida a Particulares, que representa 26% da margem bruta do banco. Nesta área destaca-se a Banca Privada e a Banca de Particulares, negócios em que o Bankinter se converteu numa referência no mercado espanhol.

O património sob gestão da Banca Privada alcançou os 37.500 milhões de euros comparativamente aos 35.800 milhões de há um ano, o que representa um aumento de 5%, com um efeito de mercado que significou um aumento nas carteiras de 1.200 milhões. O património novo captado, neste primeiro trimestre, junto dos Clientes da Banca Privada foi de 1.800 milhões de euros. Na Banca de Particulares, o volume sob gestão aumentou igualmente 5%, para 22.500 milhões de euros.

Destaca-se especialmente a evolução dos recursos de balanço e do crédito na Banca Comercial. Como exemplo, salientamos os dados dos produtos-chave na estratégia do banco, como a carteira de contas ordenado ou de crédito à habitação. O saldo total das contas ordenado cresceu 23% e acumula um volume de 8.700 milhões de euros.

É igualmente de destacar a nova produção hipotecária em Espanha durante o primeiro trimestre, que aumentou 9% comparativamente com período similar em 2018, com um crescimento sujeito a uma rigorosa política de riscos, como demonstra o facto de que o valor concedido nestes financiamentos pressupões 65% do valor da garantia prestada pelos Clientes solicitantes, no parâmetro denominado Loan to Value.

Com as novas operações hipotecárias, em que os empréstimos com taxa fixa tiveram um peso de 33%, o Bankinter encerra o trimestre com uma quota de mercado de 5,8%. O saldo total do crédito hipotecário soma já 22.200 milhões de euros no mercado espanhol, com um Loan to Value de 59% e 7% de hipotecas com taxa fixa.
Por sua parte, a Línea Directa Aseguradora, empresa detida a 100% pelo Bankinter, contribuiu com 20% para a margem bruta, com um crescimento de prémios emitidos de 7,2%, para 218,6 milhões de euros e uma carteira de Clientes 7,7% maior que há de um ano, contando agora com 3,08 milhões de segurados. O rácio combinado do Grupo Línea Directa ascende a 87,6%, com um ROE de 38%.

No que respeita ao negócio do Consumo, operado através do Bankinter Consumer Finance, tem seguido uma linha de crescimento de sucesso, com um aumento de 31% no crédito, que se situou nos 2.100 milhões de euros e um aumento de 18% na carteira de Clientes, que somam já 1,3 milhões.

Quanto ao Bankinter Portugal, que é a linha de negócio mais recentemente incorporada na atividade do Banco, apresentou uma vez mais neste trimestre um forte crescimento. O resultado antes de impostos cresceu 16%, para os 22 milhões de euros. Da mesma forma, tanto o crédito como os recursos captados cresceram 12%, alcançando 5.600 e 4.300 milhões de euros, respetivamente.
Em resumo, todas as linhas de negócio mencionadas estão apoiadas numa base de Clientes maioritariamente digital: 92,7% destes Clientes relacionam-se com o banco via telemóvel, PC ou tablet, e 66% recorre à assinatura digital para diversas operações.

A operação corporativa que o Bankinter pretende fechar este trimestre, a já anunciada aquisição do negócio bancário do EVO Banco e a da sua sucursal de crédito ao consumo na Irlanda, a Avantcard, merece um comentário específico. Com estas aquisições, o Grupo Bankinter impulsionará tanto na sua diversificação geográfica, ao entrar num novo mercado da Zona Euro, como na sua carteira de Clientes, passando a ter Clientes com um perfil mais jovem e 100% digital. Tudo isto irá resultar num avanço da trajetória do Grupo Bankinter.