Bankinter supera o resultado recorde do ano anterior e alcança em 2018 um resultado líquido de 526,4 milhões de euros, um crescimento de 6,3%.

24/01/2019
  • O Grupo consolida um período de seis anos consecutivos a superar resultados, com uma taxa anual de crescimento composta, entre os anos de 2012 e 2018, de 27%.

  • Tanto a concessão de crédito, com um aumento de 4,1% face a 2017, como os recursos de Clientes, que registam uma subida de 8,9%, mostram uma evolução melhor do que a do setor.

  • O Bankinter alcança um ROE (rentabilidade sobre capital investido) de 13,2%, liderando a rentabilidade entre a banca cotada em Espanha.

  • O Bankinter Portugal termina o exercício de 2018 com bons resultados em todas as rubricas, alcançando um resultado antes de impostos de 60 milhões de euros, mais 92% do que o registado em 2017.

24/01/2019: O Grupo Bankinter termina o exercício de 2018 com um resultado recorde, sustentado no negócio recorrente e com os seus principais pontos fortes de rentabilidade, solvência e qualidade de ativos, numa posição de liderança do setor.

Assim, o resultado líquido do Grupo alcança, no final do exercício, 526,4 milhões de euros, e os resultados antes de impostos 721,1 milhões de euros, o que se traduz num aumento em relação ao ano anterior de 6,3% e 6,5%, respetivamente.

Entre os pontos fortes evidenciados nestes resultados, destacam-se, uma vez mais, a rentabilidade, com um ROE, ou rentabilidade sobre o capital investido, de 13,2%, que continua a colocar o Bankinter numa posição de liderança entre os restantes bancos.

No que diz respeito à qualidade de ativos, o Bankinter mantém os seus valores numa situação excelente, ao ver reduzida a taxa de incumprimento total do Grupo para menos de 3%, mais concretamente para 2,90%, menos de metade da média setorial em Espanha. Relativamente ao incumprimento no Grupo apenas em Espanha, assiste-se a uma redução da taxa para 2,84%.

Ainda relacionado com este tema, importa salientar a tendência similar da carteira de ativos imobiliários adjudicados, que registou uma redução neste período para um valor bruto de 348,2 milhões de euros, quando no final de 2017 se situava nos 411,6 milhões. A cobertura sobre adjudicados é de 44,4%.

Quanto à solvência, o rácio de capital CET1 fully loaded no fecho do Exercício regista uma melhoria em 29 pontos base em relação ao ano anterior, e situa-se em 11,75%, o que compara muito bem com os restantes bancos e se encontra muito acima das exigências regulatórias do BCE para o Bankinter.

Em relação à liquidez, o gap comercial da entidade é de 4.000 milhões de euros; paralelamente, o rácio de depósitos sobre créditos situa-se nos 93,8% no final do ano, 320 pontos base acima do registado há doze meses.

Os vencimentos de emissões obrigacionistas previstos para este ano e para 2020 são de 800 milhões de euros em cada exercício, e não estão previstos vencimentos para 2021. Para fazer face a estes vencimentos, o banco conta com ativos líquidos de 10.900 milhões de euros e uma capacidade de emissão de obrigações de 6.500 milhões de euros.

Crescimento em todas as rubricas

Os resultados apresentados pelo Grupo Bankinter fecham o Exercício com crescimentos em todas as rubricas, em linha com a tendência observada ao longo do ano.

A margem de juros encerrou 2018 nos 1.094,3 milhões de euros, o que representa mais 5,8% do que há um ano.

A margem bruta alcança os 1.940 milhões de euros, mais 6,4% que no final de 2017, com proveitos de comissões de 450 milhões de euros no ano, um crescimento de 6,2%, e que já representam 23% do total desta margem.

A margem de exploração situa-se, no final de dezembro, em 936,4 milhões de euros, o que significa um crescimento de 6,5%, pese embora o aumento de 6,2% dos custos durante este ano: um aumento de 4,3% nos da atividade bancária em Espanha e de 13,5% nos da Línea Directa para impulsionar novos negócios. Ainda assim, o crescimento das receitas contribuiu para melhorar, em comparação com ano passado, o rácio da eficiência da atividade bancária com amortizações, que se situa nos 46,8% face a 47,7% de há um ano.

No que se refere ao balanço do Bankinter, os ativos totais do Grupo ascendem, no final do Exercício de 2018, a 76.501,5 milhões de euros, mais 7,2% que em 2017.

O total de crédito a Clientes ascende, nessa mesma data, a 55.469,6 milhões de euros, mais 4,1% quando comparado com o ano anterior. Em Espanha, a carteira de crédito ascende a 50.100 milhões de euros, face aos 48.500 milhões de há um ano, o que significa que o crédito concedido pelo Bankinter continuou a crescer, enquanto o setor em Espanha se contraiu em cerca de 1,9%, segundo dados de novembro.

Desta forma, os recursos de Clientes terminaram 2018 nos 50.583,8 milhões de euros, o que representa um aumento de 8,9% face ao ano anterior. Desse montante, 46.300 milhões de euros correspondem a Espanha, o que compara com os 42.800 milhões de 2017, representando também um crescimento acima da média setorial, que se situou nos 3,9%, segundo dados de novembro, divulgados pelo Banco de Espanha.

Linhas de negócio cada vez mais equilibradas

Os resultados do Grupo Bankinter estão, praticamente na sua totalidade, assentes no negócio com Clientes, o que os torna sustentáveis para o futuro.

O Bankinter consolidou, ao longo dos últimos anos, uma estratégia de diversificação de receitas em que se combinam negócios maduros, ou anticíclicos, com novos negócios que têm vindo a ser incorporados e que têm um maior ritmo de crescimento, o que permitiu um desenvolvimento equilibrado de todo o conjunto.

A contribuição, em termos relativos, de todas essas linhas de negócio para a margem bruta do Banco tem vindo a variar nestes anos, em função do cada vez maior protagonismo desses novos negócios, como é o caso do Bankinter Portugal ou do negócio de Consumo.

A linha que mais contribui para a margem bruta continua a ser a Banca de Empresas, com cerca de 30%. A carteira de crédito deste negócio vive, há anos, uma tendência de crescimento que leva a fechar o ano nos 24.000 milhões de euros, dos quais 22.600 milhões correspondem à carteira de crédito de Empresas em Espanha, o que representa um aumento de 3,2% face ao ano anterior, enquanto o setor, no seu conjunto, decresceu 5,1%, segundo dados de novembro do Banco de Espanha.

A atividade transacional e de relação tem vindo a ganhar peso no negócio de Empresas, com Clientes que confiam ao banco uma parte cada vez mais global das suas necessidades financeiras. Isto demonstra-se, por exemplo, no crescimento das receitas de comissões, que representam mais 18% neste ano. De igual forma, esta maior vinculação das empresas ao banco traduziu-se nos bons resultados obtidos pelas atividades especializadas, como a Banca de Investimento ou o Negócio Internacional, que gera já 27% da margem bruta de todo o negócio de Empresas e onde o Bankinter é hoje uma marca de referência no mercado.

A Banca Comercial, ou de particulares, é a segunda linha de negócio do banco em função da sua contribuição para a margem bruta, com 28% do total. Dentro desta linha de negócio, o segmento de Banca Privada, que abrange os Clientes com maior património, mostrou-se resistente num ambiente especialmente complicado. O seu património sob gestão ascende, no final do ano, a 35.600 milhões de euros, mais 2% do que há um ano, apesar da redução de 2.500 milhões de euros registada nas carteiras por efeitos de mercado. Para além disso, o banco captou 3.100 milhões de euros de património líquido novo destes Clientes, face aos 2.800 milhões captados em 2017.

Parte fundamental desta linha de negócio é o segmento da Banca de Particulares, que conclui o ano com um património de 21.600 milhões de euros, um crescimento de 2% apesar de um efeito de mercado que diminui o valor da carteira em 1.000 milhões de euros. O património líquido novo captado entre estes Clientes, durante o ano de 2018, foi de 1.400 milhões.

Na Banca Comercial, é de destacar, uma vez mais, a boa performance de produtos claramente angariadores de novos Clientes, como a conta ordenado e os empréstimos hipotecários nas suas diferentes modalidades. Assim, a carteira de contas ordenado, no final do ano, situa-se em 8.317 milhões de euros, o que representa mais 22% do que em 2017. No que diz respeito ao crédito habitação, o volume de nova produção foi de 2.532 milhões de euros, mais 11% do que em 2017, sendo 30% destes créditos de taxa fixa.

A Línea Directa é a terceira linha de negócio em termos de contribuição para a margem bruta do banco, representando 22% do total. O número de apólices ou riscos assegurados desta unidade atingiu, no fim do exercício, os 3,01 milhões, mais 7,9% do que em 2017. Os prémios emitidos ascenderam, em 2018, a 853,1 milhões de euros, mais 7% do que há um ano, sendo o crescimento em prémios de seguro automóvel de 5,3% face aos 2,4% da média do setor; e de mais 12,4% em seguros do lar, face a um crescimento de 3,2% do setor nesta modalidade, segundo dados de novembro. Quanto ao rácio combinado deste negócio, situa-se nos 87,3% e o ROE nos 38%. 

No que diz respeito ao negócio de Consumo, operado através do Bankinter Consumer Finance, a carteira de Clientes supera já os 1,3 milhões, 18% acima do registado há um ano. A atividade comercial de Consumo manteve-se a bom ritmo durante todo o ano, com um balanço de 632 milhões de euros em novos créditos, o que representa um crescimento de 46% quando comparado com o valor registado em dezembro de 2017. Quanto à carteira de crédito, fecha o ano nos 2.000 milhões de euros, com um crescimento de 34% em relação ao registado há um ano.

Quanto ao Bankinter Portugal, que é a linha de negócio mais recentemente incorporada na atividade do Banco, termina o exercício de 2018 com bons resultados em todas as rubricas, registando crescimentos de dois dígitos nas carteiras de recursos, mais 17%, e de crédito, onde alcançou um volume de 5.400 milhões de euros, mais 12% do que há um ano, sendo o crescimento da carteira de crédito a empresas especialmente significativo, mais 42%.

De igual forma, todas as rubricas da conta do Bankinter Portugal demonstram um crescimento de uma magnitude notável: mais 13% na margem de juros, mais 14% na margem bruta e mais 73%, quando comparado com 2017, na margem de exploração. Por tudo isto, o resultado antes de impostos desta atividade sobe para os 60 milhões de euros, mais 92% do que o registado em 2017.

Uma vasta trajetória de aposta na digitalização

Toda esta evolução positiva nas diferentes linhas não seria possível sem o uso eficiente da tecnologia que o banco coloca à disposição dos seus Clientes, que a utilizam de forma muito significativa. Assim, é de destacar que 92,5% dos Clientes utilizam habitualmente os canais digitais na sua relação com o banco, seja de forma exclusiva ou de forma alternada com canais mais tradicionais, como a agência ou o telefone. Isto explica-se pela continuada trajetória do Bankinter no sentido da digitalização em todos os seus processos e canais, e onde o banco é hoje um player plenamente reconhecido e valorizado.

Entre as suas últimas propostas, importa destacar a consolidação da Popcoin como um dos roboadvisors mais apreciados pelos investidores digitais, e o primeiro da sua categoria lançado por um banco, que gere já um património de 4 milhões de euros, procedentes de mais de 1.000 utilizadores dos quais dois terços não são Clientes do banco.

Por sua parte, o portal financeiro COINC conta com mais de 162.000 utilizadores, mais 17% do que no ano anterior, e com 862 milhões de euros em saldo de Clientes. O Crédito Habitação COINC geriu 1.158 pedidos, contando neste momento com 312 hipotecas contratadas.