Bankinter alcança no primeiro semestre 261,2 milhões de euros de resultados líquidos, mais 8,4%, com crescimento de todas as suas linhas de negócio.

26/07/2018
  • A margem bruta cresceu 8,5%, para 977,3 milhões de euros, provenientes quase na totalidade da atividade com Clientes.

  • A carteira de crédito cresce 5%, em contraciclo com a tendência do sector. Os recursos de Clientes crescem 7,1%, acima da média do sector.

  • Os indicadores de rentabilidade (ROE, 13%), solvência (CET1 fully loaded, 11,55%) e morosidade (2,92%), mostram em conjunto a solidez da entidade.

  • Os resultados antes de impostos do Bankinter Portugal cresceram 66% em comparação com o mesmo período de 2017, com um forte crescimento da carteira de crédito.

O Bankinter consolida a tendência de crescimento sustentável no final do primeiro semestre de 2018 com que iniciou o exercício, com proveitos sustentados no negócio tradicional e numa estratégia diversificada em cinco linhas de atividade que se complementam entre si.

O semestre termina com um resultado líquido de 261,2 milhões de euros e um resultado antes de impostos de 357,8 milhões de euros, o que significa um crescimento de 8,4% e de 7,9%, respetivamente.

O ROE, rentabilidade do capital investido, é um dos rácios que mais se destaca nestes resultados, que se situa em 13%, o que significa que o Bankinter continua a apresentar uma das melhores rentabilidades do sector em Espanha.

Relativamente à solvência, mantem-se igualmente em níveis muito acima das exigências regulatórias: com um rácio de capital CET1 fully loaded de 11,55%, 24 pontos básicos acima do nível de há um ano e mais 9 pontos básicos que no final de 2017.

No que se refere à liquidez, o gap comercial do Bankinter situa-se nos 4.100 milhões de euros no final do semestre; paralelamente, o rácio de depósitos sobre créditos atinge, no mesmo período, os 93,8%.

Da mesma forma, os vencimentos de emissões obrigacionistas pendentes previstas para os próximos anos situam-se nos 800 milhões para 2019, com um valor semelhante para 2020. Para fazer face a estes vencimentos, o Banco conta com ativos líquidos no valor de 11.600 milhões de euros e uma capacidade adicional de emissão de obrigações no valor de 7.200 milhões de euros.

A qualidade dos ativos do banco segue uma linha similar, situando-se numa posição privilegiada, com uma taxa de incumprimento que desce para 3,25%, face a 3,75% de há um ano. Se se considerarem apenas o negócio de Espanha, a taxa situa-se, pela primeira vez em muito tempo, abaixo dos 3%, mais concretamente em 2,92%, menos da metade da média do setor.

Em linha com estes dados, a carteira de activos imobiliários adjudicados continua a diminuir, apresentando um valor bruto total de 387,1 milhões de euros, comparativamente aos 498,2 milhões de euros de há um ano, e com uma cobertura de 45,5%.

Robustez dos resultados

Os resultados do Grupo Bankinter, que são apresentados ao abrigo da nova normativa contabilística IFRS 9, que entrou em vigor em janeiro, mantêm em todas as rubricas o potencial e a solidez evidenciados no início do exercício. 

Assim, a margem de juros atinge no segundo trimestre de 2018 os 542,9 milhões de euros, o que representa mais 6,9% que no mesmo período do ano passado.

No que se refere à margem bruta, totaliza 977,3 milhões de euros, mais 8,5%, graças ao bom desempenho das comissões, que cresceram 7,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior, e que representam já 23% do total da margem bruta. Entre estas comissões, destacam-se as originadas pelo negócio de Gestão de Ativos: mais 12,1% que em igual período de 2017.

No que se refere à margem de exploração, conclui o semestre com 474 milhões de euros, com um aumento de 10,2%, apesar do crescimento dos custos operativos neste período. Não obstante, a boa evolução das receitas levou a uma melhoria do rácio de eficiência da atividade bancária com amortizações, que se situa nos 46,1%, comparativamente a 48,5% com que terminou junho de 2017.

Em relação ao balanço do Bankinter, os ativos totais do Grupo atingiram, no final do segundo trimestre, os 76.103,2 milhões de euros, mais 6,9% que a 30 de junho de 2017.

A carteira de crédito a Clientes totaliza, no final do semestre, 54.666,1 milhões de euros, um aumento de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Um crescimento relevante, uma vez que todo o setor em Espanha reduziu o volume de crédito em 2,5%.

Os recursos de Clientes Particulares, no final do período considerado, totalizam 49.870,1 milhões de euros, mais 7,1%, quando o crescimento do setor, de acordo com os dados do Banco de Espanha, é de apenas 1,9%. No que se refere aos recursos geridos fora de balanço (fundos de investimento, fundos de pensões e gestão patrimonial), registaram um crescimento ainda maior, de 11%, alcançando 28.000,3 milhões de euros.

 

Cinco linhas de negócio complementares entre si

Os resultados mostram que o negócio de clientes do Bankinter mantém todo o seu potencial de crescimento e é responsável por praticamente todas as receitas do Grupo.

Considerando as diferentes linhas em que o Bankinter estrutura a sua estratégia, a que mais contribui para a margem bruta é a Banca de Empresas, com 29%. A atividade robusta do negócio de empresas é mais uma vez evidenciada, tendo a carteira de crédito atingido 23.900 milhões de euros no final de junho, 7,1% mais do que há um ano, numa altura em que o setor diminuiu, no seu todo, a carteira de crédito de empresas em 6,3%, de acordo com dados do mês de maio do Banco da Espanha.

O Bankinter ambiciona tornar-se no banco de referência de todas as empresas suas Clientes, com as quais mantém um relacionamento comercial crescente e, assim, receitas também crescentes, provenientes desta maior atividade transacional e operacional. Dentro da Banca de Empresas, destaca-se a boa evolução do Negócio Internacional, cuja atividade representa já 26% da margem bruta de todo o negócio de Empresas do Banco.

A segunda linha de negócio com a maior contribuição para a margem bruta é a Banca Comercial, ou de pessoas físicas, com uma contribuição de 27%. O Bankinter estruturou esta área em três segmentos de clientes: Banca Privada, Banca Personal e Banca de Particulares, todos com uma evolução positiva. A Banca Privada, que reúne os clientes com maior património líquido, alcançou um património gerido de 36.900 milhões de euros, mais 9% do que há um ano, apesar da redução de 400 milhões de euros por efeitos de mercado. Durante o semestre, o Banco somou mais de 2.200 milhões de euros de novo património destes clientes, representando mais 28% que no primeiro semestre de 2017.

Quanto à Banca Personal, os ativos geridos ascendem a 21.900 milhões de euros, um aumento de 8%, apesar do decréscimo de 100 milhões de euros devido ao efeito de mercado. O novo património líquido de clientes deste segmento atingiu os 900 milhões de euros neste semestre.

A evolução dos recursos típicos e do investimento dos clientes da Banca Comercial prosseguem a bom ritmo. Destaque para dois dos produtos mais procurados, dentro da oferta do Banco: contas-ordenado e crédito hipotecário. No final do semestre, a carteira de contas-ordenado totalizava 7.656 milhões de euros, mais 21% que o valor de 30 de junho do ano passado. No que respeita à nova produção hipotecária, registou uma forte revitalização neste segundo trimestre do ano, atingindo os 715 milhões de euros, um resultado superior em 17% ao alcançado no segundo trimestre de 2017. 28% da nova produção hipotecária de todo o semestre é já de hipotecas de taxa fixa.

A terceira linha de negócio, em termos de contribuição para a margem bruta, com 21%, é a Linea Directa. O número de apólices ou riscos segurados pela companhia é de 2,92 milhões, a 30 de junho de 2018, com um crescimento no ano de 7% em apólices auto e de 13% em Lar. No que se refere aos prémios, alcançam os 425,3 milhões de euros, 7,8% mais que há um ano, um crescimento superior ao do sector. Quanto ao rácio combinado da Companhia, situa-se em 88,5% e o ROE em 38%, o que mostra a elevada rentabilidade do negócio.

A evolução do negócio do Consumo, operado através do Bankinter Consumer Finance, é igualmente positivo, tal como vem sendo habitual, trimestre a trimestre. A carteira de Clientes soma já 1,2 milhões, o que representa 23% mais que há um ano, com um total de 163.000 novos Clientes neste semestre. O crédito regista um crescimento notável, com 1.700 milhões de euros a 30 de junho, 42% acima do mesmo valor registado há 12 meses.

O Bankinter Portugal, que representa já 7% da margem bruta do banco, terminou um semestre muito positivo, com crescimentos em todos os indicadores e em todas as suas áreas de negócio. A carteira de crédito alcança a 30 de junho os 5.200 milhões de euros, o que representa 12% mais que há um ano, com especial impulso no segmento de Empresas. Os recursos de Clientes crescem 4% no mesmo período, alcançando 4.200 milhões de euros, destacando-se especialmente o crescimento dos recursos geridos fora de balanço, com mais 16%. Essa dinâmica de crescimento reflete o compromisso assumido pelo banco de continuar a apoiar os projetos das famílias e das empresas em Portugal e contribuir desta forma para o desenvolvimento económico neste país. 

Assim, a margem bruta do Bankinter Portugal, termina o primeiro semestre de 2018 com 64 milhões de euros, mais 19% que há um ano e com um resultado antes de impostos de 31,2 milhões de euros, o que representa 66% mais que o resultado alcançado no mesmo momento de 2017.

 

Investimento na digitalização.

A liderança digital do Bankinter é um facilitador importante da atividade de todas as linhas de negócio do banco e dos seus bons resultados. A longa trajetória do Bankinter neste campo significa que seus clientes estão habituados a usar as soluções digitais do banco nas suas operações financeiras diárias. Assim, 91,2% dos clientes utilizam os canais digitais na sua relação com o banco, seja exclusivamente ou em combinação com outros canais. Essa dinâmica significa que 98% da negociação de ações é canalisada de forma digital e que mais de 80% dos depósitos em euros ou empréstimos ao consumidor, por exemplo, são contratados pelos clientes por esta via.

Durante este trimestre, o banco tem continuado a impulsionar alguns serviços financeiros 100% digitais lançados nos últimos meses, que são fundamentais para a atividade do banco neste negócio. É o caso do Crédito Digital Coinc, o primeiro produto deste tipo totalmente online, onde em poucos meses foram processados mais de 500 pedidos; o Popcoin, um serviço automatizado de gestão de carteiras de fundos em função do perfil de investimento do cliente, que incorpora já carteiras de fundos indexados, como nova funcionalidade.