Bankinter atinge em 2017 resultados líquidos recorde de 495 milhões, superando os resultados do ano anterior

25/01/2018
  • Com a atividade regular com Clientes o Grupo supera os resultados de 2016, que incluíam resultados extraordinários contabilizados com a operação de compra do Barclays em Portugal.

  • O resultado líquido em Espanha, sem incluir resultados extraordinários, cresce 20,2% em comparação com o exercício passado.

  • A concessão de crédito cresce 3,8%, em contraciclo com a tendência do sector em Espanha; e os recursos de Clientes crescem 5,2%, acima da média do sector em Espanha.

  • O Bankinter alcança um ROE de 12,6% no final do ano, liderando a rentabilidade dos bancos cotados de Espanha.

  • Resultados antes de impostos do Bankinter Portugal atingem os 31,4 milhões de euros, confirmando a contribuição positiva da operação portuguesa para os resultados do Grupo.

O Grupo Bankinter termina o exercício de 2017 de forma brilhante, com resultados recorde sustentados pela atividade regular com Clientes, que melhoram os alcançados em 2016, mesmo considerando os resultados extraordinários obtidos esse ano. Desta forma, o Banco apresenta uma rentabilidade superior à dos seus concorrentes e reafirma a sua vantagem competitiva no que respeita à qualidade de ativos.

Assim, o resultado líquido do Grupo terminou 2017 nos 495,2 milhões de euros, mais 1% que em 2016 e os resultados antes de impostos nos 677,1 milhões de euros, valor similar ao ano anterior. Estes resultados significam que o Banco foi capaz de compensar de forma orgânica, com a atividade regular com os seus Clientes, os resultados de 2016 que incluíam resultados extraordinários contabilizados devido à operação de compra do Barclays em Portugal.

Medido em termos homólogos, ou seja, sem considerar esses resultados extraordinários e observando apenas os dados do negócio em Espanha, os resultados líquidos crescem 20,2% e os resultados antes de impostos 19,1%.

Mais uma vez, o Bankinter conclui 2017 na posição de liderança em termos de rentabilidade, com um ROE, ou rentabilidade sobre o capital investido, de 12,6%, a mais elevada entre os Bancos cotados de Espanha.

No que se refere à solvência, o Bankinter conclui dezembro com um rácio de capital CET1 fully loaded de 11,46%, e de 11,83% em CET1 phased-in, 6 pontos base mais que em 2016 e muito acima das exigências do BCE aplicáveis em 2018 para o Bankinter, que se situam nos 7,125%, as mais baixas da banca espanhola.

Em relação à estrutura de financiamento, o gap de liquidez da entidade reduziu em 200 milhões de euros no ano, situando-se nos 5.200 milhões no final de 2017. Paralelamente, o rácio de depósitos sobre créditos atinge os 90,6%, 20 pontos base mais do que há um ano.

Por fim, deve-se assinalar que o Banco mantém a sua liderança entre a Banca cotada em Espanha no que se refere à sua qualidade de ativos. A taxa de incumprimento desce para 3,45%, face a 4,01% de há um ano, uma taxa que reduz para 3,06 considerando apenas os dados de Espanha. Este rácio situa-se em menos de metade da média do sector em Espanha, que em novembro se situou nos 8,08%.

A carteira de ativos imobiliários adjudicados obteve uma significativa redução, situando-se no final de 2017 num valor bruto total de 411,6 milhões de euros (menos 111,9 milhões que há um ano), dos quais 44% são habitações. A cobertura sobre adjudicados é de 45,2%.

Robustez em todas as margens.

As margens da conta de resultados do Grupo Bankinter mostram crescimentos robustos face a 2016, como vinha verificando ao longo dos trimestres.

Assim, a margem de juros fecha 2017 nos 1.062 milhões de euros, o que representa mais 8,5% do que há um ano.

Por seu lado, a margem bruta alcança os 1.851,3 milhões de euros, mais 7,8% que em 2016, graças, sobretudo, à boa performance das comissões que cresceram 11,7% em termos líquidos, face ao ano passado, destacando as resultantes da atividade de Gestão de Ativos, que cresceram 22,8%.

No que se refere à margem de exploração, concluiu o ano nos 906,8 milhões de euros, 11,3% mais do que há um ano. Apesar do total dos custos operativos terem crescido 4,7%, ou 3% sem considerar Portugal, as maiores receitas verificadas levam a uma melhoria do rácio de eficiência da atividade bancária com amortizações, que se situa nos 46,8%, face aos 48,6% de há um ano.

Dentro do balanço do Bankinter, os ativos totais do Grupo terminam o ano nos 71.332,7 milhões de euros, o que representa mais 6,2% que a 31 de dezembro de 2016.

Quanto ao volume total de crédito a Clientes totaliza no final do exercício 53.300,2 milhões de euros, mais 3,8% que há doze meses, quando o sector em Espanha reduziu o volume de crédito em 1,7%, segundo dados de novembro.

Os recursos controlados atingem no final de 2017 os 79.376,2 milhões de euros, mais 5,3%, destacando-se os recursos geridos fora de balanço (fundos de investimento, fundos de pensões e gestão patrimonial) que cresceram 12,9% nesse período de um ano.

Cinco linhas de negócio rentáveis.

A atividade com Clientes foi a principal contribuição para os resultados, uma atividade que está assente em cinco linhas, rentáveis e complementares entre si, que servem para diversificar a estratégia do Grupo.

A Banca de Empresas continua a realizar a maior contribuição para a margem bruta do Banco, com 30%. Tal como vem acontecendo nos últimos anos, o Bankinter voltou a aumentar a sua carteira de crédito a empresas, até atingir os 22.900 milhões de euros, mais 5,2% que no ano anterior. Considerando apenas Espanha o crescimento da carteira foi de 4,5%, enquanto o sector reduziu o volume de crédito a empresas neste país em 3,4%, segundo dados de novembro.

Desta forma, o Banco captou 18.600 novos Clientes Empresariais durante o ano, mais 6% que em 2016.

Destaca-se também na Banca de Empresas a boa evolução das receitas provenientes do negócio internacional, com uma margem bruta nesta atividade a crescer 18,4% face ao mesmo período de 2016.

No que se refere à Banca Comercial voltam-se a destacar os resultados obtidos pelos segmentos de Banca Privada e Banca de Particulares, que incluem os Clientes com maior património. Assim, o património total dos Clientes da Banca Privada ascende aos 35.000 milhões de euros no final de dezembro, mais 12% que há um ano, e com uma percentagem cada vez maior de património gerido, o qual apresenta um maior retorno tanto para o Banco, como para os próprios Clientes.

Em relação a Clientes da Banca de Particulares, o património gerido atinge os 21.200 milhões de euros, com 2.300 milhões de património líquido novo captados neste ano.

Um dos produtos estrela dentro da Banca Comercial continua a ser a Conta Ordenado 5%, que se mostra como uma das principais vias de captação de Clientes. O saldo da carteira de contas ordenado atinge os 6.808 milhões de euros, mais 21,8% em relação ao final de 2016.

Por seu lado, a evolução da Línea Directa mantém a tendência de exercícios anteriores, chegando às 2,79 milhões de apólices, com crescimentos num ano de 7,3% de apólices de seguro automóvel e de 13,5% em lar. Quanto aos prémios somam 797 milhões de euros, mais 8% que há um ano. O crescimento do valor dos prémios emitidos tanto em seguro automóvel, como em lar situa-se muito acima da média do sector em Espanha. Esta companhia mantém a elevada rentabilidade, com um ROE de 35% e com um rácio combinado de 86,9%.

O Bankinter Consumer Finance está nos primeiros lugares do negócio de crédito ao consumo de Espanha, sendo uma das linhas de negócio do Banco que mais cresce. Esta entidade contava no final do ano com 1,1 milhões de Clientes, mais 28% que em 2016, e volumes de crédito concedido de 1.500 milhões de euros, mais 42% sobre os mesmos dados de há doze meses.

O Bankinter Portugal cresce em todas as linhas seguindo o plano de negócio previsto e, no primeiro exercício completo em que os seus resultados são consolidados, representa já um contributo de 7% para as receitas do Grupo. O crédito concedido atinge no final de 2017 os 4.800 milhões de euros, mais 6% que há um ano, com um crescimento especialmente significativo no crédito a empresas, que cresce 21%. Os recursos de Clientes mantêm-se a um nível similar ao de há um ano e totalizam 3.600 milhões de euros, enquanto nos recursos fora de balanço (fundos de investimentos e unit linked) o crescimento é de 25%.

Assim, a margem bruta do Bankinter Portugal atingiu a 31 de dezembro de 2017 os 133 milhões de euros e um resultado antes de impostos de 31,4 milhões de euros, confirmando a contribuição positiva da operação em Portugal para os resultados do Grupo.

Digitalização.

Capítulo à parte merece a atividade do Bankinter no âmbito da digitalização e da inovação, em que o Banco tem sido, tradicionalmente, um ator destacado. Esta valiosa proposta digital do Bankinter faz com que os Clientes utilizem massiva e habitualmente esses canais virtuais na sua relação com o Banco. Assim, 91% dos Clientes utilizam os canais digitais do Banco: 31% de forma exclusiva, o que significa que são
Clientes digitais puros, e 60% fazem-no de forma “mista”, utilizando indistintamente os canais digitais e outros canais. Apenas 9% são considerados Clientes “tradicionais”, aqueles que se relacionam com o Banco através das agências ou da banca telefónica.

Entre os diferentes projetos digitais conduzidos pelo Banco durante o último ano, cabe destacar o lançamento na nova web transacional; o lançamento do Popcoin em Espanha, um serviço de gestão de investimentos para qualquer investidor e que inaugura a era dos assessores cibernéticos; o crédito habitação Coinc, o primeiro do mercado a ser 100% digital, contratável de forma direta através de um smartphone, de um computador ou de um tablet, com resposta online e que não exige a contratação de outros produtos, nem de mudar de Banco.