Bankinter mantém a tendência positiva do exercício anterior e ganha 104,8 milhões de euros no primeiro trimestre, um crescimento de 10%

21/04/2016
Resultados 1t 2016
  • O banco volta a aumentar os seus resultados no primeiro trimestre, depois de um ano com resultados recorde.

  • 87% da margem bruta têm origem do negócio recorrente de Clientes que continua a representar a maior fonte de receitas do Grupo.

  • O Bankinter mantém a rentabilidade sobre o capital investido em máximos do sector, com um ROE de 10,7%.

  • A taxa de incumprimento reduz para 3,95%, menos 61 pontos base que no mesmo período do ano passado e menos de metade da média do sector em Espanha.

O Grupo Bankinter iniciou o exercício de 2016 mantendo o dinamismo do seu negócio e a tendência de crescimento da rentabilidade obtida no exercício de 2015. O Grupo alcançou em 31 de março um resultado líquido de 104,8 milhões de Euros e um resultado antes de impostos de 147,6 milhões, o que representa um crescimento de 10,1% e de 8,6%, respetivamente, comparados com o primeiro trimestre do ano passado.

Estes resultados continuam a ser suportados no negócio recorrente de Clientes e nas áreas de negócio estratégicas, o que permitiu atingir níveis de ROE acima dos custos de capital. Assim, o Bankinter coloca os seus níveis de rentabilidade sobre recursos próprios a níveis atrativos para os investidores e acima do sector, com um ROE de 10,7% no final do trimestre.
  
Paralelamente, o Bankinter melhorou a qualidade dos seus ativos e mantém os níveis de solvência entre os mais elevados da banca espanhola.
  
Em relação à qualidade dos ativos, o Bankinter continuou a sua tendência de redução da taxa de incumprimento, situando-se agora nos 3,95%, atualmente a mais baixa do sector em Espanha. A média do sector em fevereiro situava-se nos 10,09%. A carteira de ativos imobiliários adjudicados tinha, a 31 de março, um valor bruto de 525,6 milhões de euros, 12,4% menos que há um ano atrás e com uma cobertura de 40,6%.
  
No que se refere à solvência, o Bankinter dispõe de um rácio de capital CET1 fully loaded de 11,6%, que se mantém elevado mesmo com o crescimento do investimento, e o qual não inclui mais valias latentes da sua carteira de dívida.
  
Do mesmo modo, o banco melhorou a sua estrutura de financiamento, reforçando o rácio de depósitos sobre créditos para 87,2% em relação aos 78,2% de há um ano; e com um gap de liquidez de 6.600 milhões de euros, menos 36% em relação ao primeiro trimestre de 2015. 

Simultaneamente, os vencimentos de emissões grossistas pendentes até 2019 ascendem a 4.000 milhões de euros, para os quais o banco dispõe de ativos líquidos no valor de 8.300 milhões e uma capacidade de emissão de obrigações no valor de 5.500 milhões.
  
Resistência nas margens
  
Apesar da situação atual de taxas baixas, e dos fortes crescimentos alcançados no exercício anterior, a margem de juros do Bankinter mostra-se resistente e atinge, a 31 de março deste ano, 220,1 milhões de euros, mais 3,9% que há 12 meses atrás, apoiado em maiores volumes, uma melhoria do mix, no tipo de atividade e na redução dos custos de financiamento.
 
A margem bruta terminou o trimestre nos 410,8 milhões de euros, o que representa mais 1,9% que no primeiro trimestre do ano passado, apesar do débil comportamento das comissões durante o trimestre devido a efeitos do mercado.

A margem antes de provisões, terminou março nos 211,8 milhões de euros, mais 0,3% que no primeiro trimestre de 2015, um nível de destaque considerando o crescimento das despesas para enfrentar os custos de implementar novos negócios e da melhoria dos sistemas tecnológicos que os suportam. Assim, os custos de exploração da atividade bancária cresceram 4,5% em relação ao primeiro trimestre de 2015. No entanto, manteve-se uma boa performance do rácio de eficiência da atividade bancária com amortizações, que terminou março de 2016 nos 43,1%.
  
Quanto ao balanço do Bankinter, os ativos totais fecharam o trimestre com 61.607,2 milhões de euros, 7,8% mais que em março de 2015.
  
O volume de crédito a Clientes volta a dar sinais de robustez e mantém neste primeiro trimestre a tendência de crescimento, alcançando os 44.320 milhões de euros, mais 3,9% que no mesmo período do ano passado.
   
Os recursos de Clientes geridos assinalam um crescimento importante, atingindo mais 18,5% em relação a março de 2015, e alcançando os 36.434,6 milhões de euros, aproximadamente 5.700 milhões acima do obtido há um ano. Os recursos geridos fora de balanço cresceram 4,8%.
  
Um negócio de Clientes rentável e em crescimento
  
Este início de ano reforçou a solidez do negócio recorrente de Clientes do banco que continua a ser o maior contributo para as receitas, com 87%.
  
Esta boa evolução no negócio recorrente de Clientes - que a partir de agora e após a conclusão da aquisição do negócio de retalho, banca privada e de empresas nacionais do Barclays em Portugal, amplia o seu perímetro geográfico de atuação - foi muito significativa em todos os segmentos tradicionalmente estratégicos, como a Banca Privada, de Empresas e os Seguros,  mas também nos negócios mais recentes, como a Banca de Particulares e o Financiamento ao Consumo, assim como nos mais diretamente associados à atividade digital do banco, onde o Bankinter é uma referência há mais de 20 anos.
  
Na Banca Privada, o património de Clientes gerido supera os 28.300 milhões de euros, mais 7,5% que há um ano. O Bankinter mantém a sua posição de liderança no ranking do mercado de sicavs em Espanha, com 466 sociedades, 18% mais que em março de 2015 e com uma quota de mercado de 13,8%, muito superior a qualquer outra quota de mercado do banco.
  
No que se refere ao segmento de Empresas destaca-se uma vez mais o investimento creditício com uma carteira de 19.700 milhões de euros no final de março, o que representa um crescimento de 5,6% face aos valores do mesmo período no ano passado. É especialmente notável a consolidação do negócio internacional de empresas cuja margem bruta aumentou 27%, um negócio em que o banco apostou decididamente e no qual realizou o maior investimento e aumentou a equipa.
  
O negócio de seguros Linea Directa continua a crescer em apólices, em prémios e em quota de mercado, mantendo a alta rentabilidade do negócio, com um ROE de 30,3%, e com um dos melhores rácios combinados do mercado, de 88,3%. No final do trimestre, o número total de apólices cresce 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado, para um total de 2,42 milhões de apólices. Destaca-se o crescimento em seguros de lar: mais 15,1%. Os resultados líquidos desta empresa a 31 de março de 2016 ascenderam a 25,2 milhões de euros, mais 3%.
  
No que se refere aos negócios de Financiamento ao Consumo e de Banca de Particulares, relançados com novas equipas e produtos, os dados do trimestre criam muito boas perspetivas a médio prazo. 

O negócio do Financiamento ao Consumo, desenvolvido através da filial Bankinter Consumer Finance, consolida a sua velocidade de crescimento em linha com o ano passado. Neste primeiro trimestre do ano realizou o relançamento da sua identidade corporativa, o que inclui a sua nova marca de negócio de cartões de crédito, que começou a operar sob a marca Bankintercard. 

A Bankinter Consumer Finance termina um novo trimestre de forma muito positiva. Assim, o valor de Investimento em consumo ascende a um volume de 779 milhões de euros, 75% mais que em março de 2015. No que se refere à captação de novas contas, o aumento neste período foi de 80%, chegando às 53.000 novas contas neste trimestre.
  
Em relação a produtos, é de assinalar a boa performance de duas das principais apostas comerciais do banco, como o crédito habitação e a conta ordenado. Assim, a nova produção de crédito habitação mantém a tendência em alta dos trimestres passados, com um volume de nova produção no ano de 510 milhões de euros, 40% mais em relação ao primeiro trimestre de 2015. Assim, o Bankinter conta com uma quota de mercado de 7,3% da nova produção de crédito habitação, mais que o dobro do que a quota do banco em crédito habitação no mercado espanhol. 

Em relação à carteira de contas ordenado, os saldos atingem os 4.415 milhões de euros, mais 26% que há um ano.
 
De salientar, finalmente, os bons resultados alcançados pela plataforma online COINC, uma das principais apostas do Grupo em banca digital, na qual se desenvolveram soluções inovadoras de poupança, de compras e de financiamento online, especialmente dirigidas aos “nativos digitais”. Após três anos em funcionamento, esta plataforma conta com 90.000 Clientes, um património depositado de 1.100 milhões de euros, mais 58% que no primeiro trimestre de 2015.

 

PRINCIPALES VALORES DO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2016

Datos 31/03/2016 31/03/2015 Valor Dif. %
Margem de juros (milhões  €) 220,1 211,7 8,3 3,9
Margem bruta (milhões  €) 410,8 403,3 7,5 1,9
Resultado antes de desvalorização(milhões  €) 211,8 211,2 0,6 0,3
Resultado antes de impostos (milhões €) 147,6 135,9 11,7 8,6
Resultado líquido atribuído ao grupo(milhões €) 104,8 95,1 9,7 10,1
Ativos totais (milhões  €) 61.607,2 57.143,8 4.463,4 7,8
Créditos sobre clientes (milhões €) 44.320,0 42.648,8 1.671,3 3,9
Recursos geridos (milhões €) 66.267,9 58.791,5 7.476,4 12,7
Recursos geridos fora do balanço(milhões  €) 20.325,1 19.387,3 937,8 4,8
Taxa de incumprimento (%) 3,95 4,56 -0,61pp -13,4
Rácio de eficiência (%)1 43,1 43,5 -0,40pp -0,9
ROE (%) 10,66 10,28 0,39pp 3,7
Rácio de capital CET1(%) 11,77 11,82 -0,05 p.p. -0,4

(1) Da atividade bancária com amortizações.