O Bankinter atinge, em setembro, um lucro líquido de 300 milhões, mais 31%, graças ao crescimento do negócio com clientes
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O Bankinter mantém a sua tradicional vantagem competitiva em termos de qualidade de ativos, nível de solvência e rentabilidade sobre a capital investido.
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O negócio com clientes continua no seu ritmo de crescimento, tanto em volume como em investimentos, com especial incidência nos segmentos estratégicos.
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O banco conserva um sólido nível de solvência, com um rácio de capital CET1 fully loaded de 11,5%, o qual se encontra acima das exigências legais.
O Grupo Bankinter alcança, no encerramento do terceiro trimestre de 2015, um lucro líquido acumulado de 299,5 milhões de euros e um lucro antes de impostos de 419,1 milhões, o que significa aumentos de 30,8% e 28,1%, respectivamente, sobre o mesmo período do exercício precedente.
De acordo com a tendência de crescimento de anteriores trimestres, estes resultados baseiam-se no negócio recorrente de clientes, o qual continua a ser o maior contributo para os investimentos, com 84%, o que leva a obter uma alta rentabilidade sobre o capital, com um ROE de 10,7% anual.
Paralelamente, o Bankinter mantém a sua tradicional vantagem competitiva em termos de qualidade de ativos e nível de solvência.
Assim, o Bankinter reduz a sua taxa de incumprimento pelo sexto trimestre consecutivo, situando-se nos 4,35%, que contrastam com os 4,96% de há um ano; um rácio bastante favorável face à média do setor a qual, segundo os últimos dados publicados no encerramento de agosto, subiu ligeiramente para os 10,95%.
A carteira de ativos imobiliários adjudicados regista, a 30 de setembro de 2015, um valor bruto de 546 milhões de euros, 8% menos que há um ano atrás, com uma cobertura de 39,4%.
No que se refere à solvência, o Bankinter mantém um sólido rácio de capital CET1 fully loaded de 11,5%, acima das exigências legais.
Nesta linha de crescimento, o banco melhorou também a liquidez no retalho, aumentando o rácio de depósitos sobre créditos para 82,3%, que há um ano era de 80,3%. Os vencimentos de emissões grossistas pendentes até 2018 somam 3.800 milhões de euros. Para fazer face a este montante, o banco dispõe de ativos líquidos no valor de 8.700 milhões.
Crescimento de todas as margens
Os resultados apresentados pelo Grupo Bankinter, no encerramento do terceiro trimestre de 2015, assentam no crescimento do negócio recorrente com clientes, o qual trouxe consigo uma melhoria de todas as margens.
A margem de juros mostra solidez, apesar do cenário de taxas apoiado no aumento dos volumes. Assim, esta margem alcança a 30 de setembro de 2015 os 648,1 milhões de euros, o que implica um crescimento de 19% face aos dados de há um ano.
A margem bruta finaliza o trimestre nos 1.200 milhões de euros, o que significa mais 8,4% que há um ano, graças sobretudo à boa evolução das comissões, com um montante líquido nos nove primeiros meses do ano que é 7,5% superior ao do mesmo período de 2014. Este aumento resulta da boa evolução do negócio de gestão de ativos, da atividade de rendimento variável e do negócio internacional com empresas.
Quanto à margem antes de provisões esta representa, no encerramento de setembro, 627,3 milhões de euros, ou seja, mais 10,8% que há um ano. Tudo isto apesar de ter ocorrido durante o período um certo aumento nas despesas, resultado dos maiores investimentos em pessoas, tecnologia e marketing nos segmentos estratégicos. Não obstante, o rácio de eficiência da atividade bancária com amortizações situa-se, a 30 de setembro de 2015, em 44%, face aos 45,3% de há um ano.
Quanto ao balanço do Bankinter, os ativos totais encerram setembro com o valor de 58.625,8 milhões de euros, 4,1% acima do montante de há um ano.
O volume de crédito a clientes continua a crescer com solidez, o que evidencia a atenção prestada pelo banco à procura de financiamento por parte de famílias e empresas. Este volume de crédito situa-se, no fim do terceiro trimestre, nos 43.379,6 milhões de euros, mais 4,1% que há um ano.
No que se refere aos recursos controlados, mantém-se o ritmo de crescimento de anteriores trimestres, chegando aos 62.905 milhões de euros, mais 11,7% que em setembro de 2014. Esse crescimento é especialmente assinalado nos recursos geridos fora de balanço, que representam mais 26,5% que há um ano. De entre estes, os fundos de investimento geridos e comercializados pelo Bankinter Gestão de Ativos crescem 24% em relação ao ano anterior, alcançando os 13.000 milhões de euros.
Evolução favorável do negócio de clientes
Os resultados do Grupo Bankinter evidenciam a boa evolução do negócio de clientes nos segmentos e negócios estratégicos, tanto em volume como em investimentos.
Esta tendência de crescimento é especialmente significativa nos negócios onde o banco tem apostado decisivamente nos últimos exercícios, como é o caso da banca privada e de empresas, bem como nos outros negócios mais recentemente desenvolvidos na sua estratégia, tais como a banca pessoal e, sobretudo, o financiamento ao consumo.
Na banco privada, o património administrado dos clientes do segmento alcança os 26.900 milhões de euros, 20,4% mais que há um ano. É assinalável também o património líquido novo captado durante este terceiro trimestre do ano: 1.000 milhões de euros mais que o captado junto dos clientes do segmento no mesmo trimestre de 2014. Além disso, o crescimento é também significativo no que se refere às SICAVs, alcançando as 447 sociedades geridas, o que leva o banco a atingir uma quota de mercado de 13,4% neste negócio.
No que se refere ao segmento de empresas, volta a crescer o investimento creditício, 4,2% mais que há um ano, com um saldo de 19.100 milhões de euros à data de 30 de setembro de 2015. Neste segmento começa a ser significativa a entrada dos clientes empresas nos investimentos do negócio internacional.
O negócio de seguros continua a ser um bom contributo para os investimentos do banco. A seguradora Línea Directa mantém uma boa evolução nos segmentos de motor e lar aumentando, no ano, o número de apólices, a rentabilidade do negócio e a quota de mercado no setor do seguro direto. No encerramento do terceiro trimestre, as apólices totais representam mais 6,7% que em setembro de 2014, num total de 2,34 milhões de apólices, destacando-se mais um trimestre com o crescimento em seguros de lar: 19,7%.
É também muito significativo o bom resultado obtido pelo negócio de financiamento ao consumo, ao qual o banco quer dar um impulso especial através do relançamento do Bankinter Consumer Finance. Assim, o montante de investimento em consumo atinge um volume de 632 milhões de euros, mais 55% que há um ano. Mais importante ainda é o crescimento na captação de novas contas: durante os 9 primeiros meses de 2015 ocorreram mais 121% de captações de novas contas de clientes que em igual período de 2014.
Por produtos, é de destacar o bom desenrolar de duas das principais apostas comerciais do banco: os créditos hipotecários e a conta ordenado. Assim, a nova produção hipotecária mantém a tendência positiva de anteriores trimestres, alcançando nos nove primeiros meses de 2015 um volume de nova produção de 1.318 milhões de euros, mais 31% que no mesmo período de 2014. Quanto à carteira de contas ordenado, o saldo depositado neste produto, no encerramento de setembro de 2015, chega aos 3.916 milhões de euros, mais 28% que há um ano.
Principais montantes 3º Trimestre de 2015
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| Diferença |
| 30/09/2015 | 30/09/2014 | Montante | % |
Margem de juros (milhões €) | 648,1 | 544,8 | 103,3 | 19,0 |
Margem bruta (milhões €)
| 1.199,7 | 1.106,8 | 92,9 | 8,4 |
Resultado antes de desvalorização (milhões €) | 627,3 | 566,2 | 61,1 | 10,8 |
Resultado antes de impostos (milhões €) | 419,1 | 327,0 | 92,0 | 28,1 |
Resultado líquido atribuído ao grupo (milhões €) | 299,6 | 229,0 | 70,6 | 30,8 |
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Ativos totais (milhões €) | 58.625,8 | 56.335,4 | 2.290,4 | 4,1 |
Créditos sobre clientes (milhões €) | 43.379,6 | 41.675,5 | 1.704,2 | 4,1 |
Recursos controlados (milhões €) | 62.905,0 | 56.333,1 | 6.571,9 | 11,7 |
Recursos geridos fora do balanço (milhões €) | 20.142,8 | 15.921,5 | 4.221,4 | 26,5 |
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Taxa de incumprimento (%) | 4,35 | 4,96 | -0,61 p.p. | -12,30 |
Rácio de eficiência (%)* | 44,0 | 45,3 | -1,30 p.p. | -2,87 |
ROE (%) | 10,65 | 8,28 | 2,37 p.p. | 28,62 |
Rácio de capital CET1 (%) | 11,85 | 12,27 | -0,42 p.p. | -3,43 |
*Da atividade bancária com amortizações.