Bankinter abre sucursal em Portugal na sequência da aprovação dos reguladores à compra do Barclays

13/01/2016
  • BCE, BdP e ASF deram as autorizações necessárias para que o Bankinter conclua a aquisição do negócio de retalho e de Seguros de Vida do Barclays em Portugal.

  • Transferência dos negócios para o Bankinter está prevista para a altura do fecho do 1º trimestre de 2016.

O Bankinter completou na primeira semana de janeiro a abertura da sua sucursal bancária, depois de o Banco Central Europeu (BCE) e do Banco de Portugal (BdP) terem dado as autorizações necessárias à compra do negócio de retalho do Barclays em Portugal.

Em paralelo, a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) autorizou o Bankinter Seguros de Vida, sociedade controlada em 50% pelo Bankinter e pela Mapfre, a constituir a sucursal portuguesa e completar a aquisição do negócio de seguros de vida e pensões com que o Barclays opera no mercado português.

A concretização destes trâmites – obtenção da aprovação dos reguladores, constituição da sucursal, registo comercial da sociedade e obtenção do código de entidade bancária – representam um passo decisivo para que o Bankinter possa assumir em Abril o controlo dos negócios de banca de retalho, banca privada, banca de empresas e seguros de vida adquiridos ao Barclays em setembro de 2015.

A partir de agora, terá início o processo de integração, que durará cerca de doze meses, para incorporar equipas, equipamentos, sistemas operativos, plataformas tecnológicas, políticas e modelos de negócio das duas entidades bancárias.

Nos quatro meses que decorreram desde o acordo de compra, o Bankinter pôde confirmar que os negócios adquiridos ao Barclays em Portugal são uma excelente plataforma para acelerar a sua internacionalização e aproveitar as oportunidades de crescimento oferecidas pelo mercado português. Portugal é um país onde, desde há já algum tempo, o Bankinter queria marcar presença, não só pela sua proximidade e potencial, mas também por ter uma economia que está a caminho da recuperação e um sistema financeiro com margens mais elevadas do que o espanhol e que se encontra em pleno processo de consolidação e reestruturação.

O Bankinter entra em Portugal através de uma instituição financeira saudável, depois de ter sofrido reestruturações rigorosas nos últimos dois anos, que tem uma dimensão viável, uma equipa qualificada e um perfil de negócios e clientes - muito focado em banca privada e de empresas - com muitas semelhanças ao do Bankinter. O modelo do Barclays Portugal encaixa perfeitamente no modelo de negócio do Bankinter, muito focado em clientes com rendimentos médios e elevados, e empresas, e que se baseia num modelo de distribuição multicanal, com altos níveis de vendas cruzadas e eficiência, suportado por uma gestão de risco de crédito prudente e bem-sucedida.

Em números redondos, o negócio de retalho do Barclays em Portugal integra uma carteira de créditos de 4.881 milhões de euros, 2.936 milhões de euros em ativos geridos em contas extrapatrimoniais, uma rede de 84 balcões, uma equipa de 1.000 colaboradores e 185.000 clientes, dos quais 20.300 são empresas. Assim, a operação permite ao Bankinter incrementar em 11,3% a sua carteira de créditos – que vale cerca de 47.993 milhões de euros; aumentar em 15% os ativos geridos em contas extrapatrimoniais – que ultrapassam 23.000 milhões de euros, e aumentar 30% a carteira de clientes, que se cifrará em 812.000 clientes.

Sobre Bankinter

O Bankinter  celebrou em 2015 o seu 50º aniversário desde a fundação como banco. Foi um ano muito importante para o exercício do Bankinter, em que foi confirmado como uma das entidades mais sólidas e solventes, tanto a nível nacional como europeu, em vários indicadores (ativos, créditos, capital, eficiência, e outros) que têm melhorado constantemente nos últimos anos.

 

Os resultados apresentados no final do 3º trimestre de 2015 demonstram o sucesso desta trajectória positiva. O Grupo Bankinter registrou em setembro um lucro líquido acumulado de 299,5 milhões de euros de, o que significa um aumento de 30,8% em relação ao mesmo período de 2014.

 

Estes resultados baseiam-se sobretudo no negócio recorrente de clientes, que continua a ser o maior contributo para as receitas, o que origina uma rentabilidade sobre o capital entre as mais elevadas da banca espanhola, com um ROE anualizado de 10,7% .

 

Para além disso, mantém a melhor qualidade de ativos do sistema, com uma taxa de incumprimento de 4,35%, cerca de três vezes menor que a média do setor, fruto de uma rigorosa gestão dos riscos.

 

Paralelamente, o banco tem um rácio de capital fully loaded CET1 de 11,5%, muito acima das exigências regulatórias do Banco Central Europeu.

 

O Bankinter é uma entidade de referência pelo seu elevado desenvolvimento tecnológico, qualidade de serviço acima da média do setor e uma clara aposta na inovação e utilização de canais alternativos na sua relação com os clientes. O Bankinter foi pioneiro na introdução de sistemas de banca à distância, complementares à rede tradicional de balcões, como o telefone, Internet ou o canal móvel, o que lhe permitiu oferecer um vasto leque de possibilidades de relacionamento e comercialização de produtos, com uma estratégia multicanal perfeitamente integrada. Um estudo recente da UBS coloca o Bankinter como o banco mais bem posicionado em Espanha, e o quarto a nível mundial, para beneficiar de uma expansão na indústria da banca móvel.