Bankinter conclui 2024 com um resultado líquido recorde de 953 milhões de euros, mais 13% do que em 2023, devido a uma maior atividade comercial e diversificação do negócio

23/01/2025
  • O banco regista crescimentos em todas as rubricas da conta de resultados. A margem bruta, que engloba a totalidade das receitas, cresce 9,1%, com um contributo crescente das operações de Portugal e da Irlanda.

  • Crescimento acima do mercado e em todas as linhas de negócio. A carteira de crédito cresce 4%, os recursos de clientes crescem 13% e, entre estes, os recursos fora de balanço (fundos de investimento, pensões e gestão patrimonial/SICAVs) crescem 22%.

  • O Bankinter regista um incremento da rentabilidade sobre os capitais próprios, ROE, para 17,9% e continua a liderar na eficiência, com um rácio que melhora para 36,3%.

  • O resultado antes de impostos do Bankinter Portugal em 2024 foi de 195 milhões de euros, mais 18% do que no ano anterior.

23/01/2025 – O Grupo Bankinter conclui o ano de 2024 com crescimentos a dois dígitos nos seus resultados, superando de forma evidente o recorde de resultados do ano anterior, devido a uma forte dinâmica da atividade comercial, cada vez mais diversificada. O grupo soube conjugar com êxito a evolução negativa das taxas de juro registada ao longo do ano com um crescimento dos volumes de negócio, tanto em carteira de crédito como em recursos de clientes, especialmente os geridos fora de balanço, que concluem um ano histórico. Este crescimento rentável da atividade recorrente, aliado ao perfil de risco que se mantém em valores muito positivos e aos rácios de eficiência e rentabilidade que continuam a liderar o setor, constituem as principais variáveis de um ano muito bem-sucedido.

Desta forma, o Grupo Bankinter alcança em 2024 um resultado antes de impostos de 1.360 milhões de euros, mais 10,7% do que no ano anterior. Quanto ao resultado líquido, situa-se nos 953 milhões de euros, o que representa uma subida de 12,8% em relação a 2023.

Os diferentes rácios da conta de resultados evidenciam a robustez do balanço do banco e dos seus resultados. Assim, a rentabilidade sobre os capitais próprios, expressa no ROE, melhora para 17,9% face aos 17,1% de há um ano, com um ROTE que conclui 2024 em 19%, um valor superior em 84 pontos-base ao do ano anterior.

O rácio de capital CET1 fully loaded melhora igualmente neste período até aos 12,41%, 440 pontos-base acima do mínimo exigido pelo BCE ao Bankinter para 2025, que é de 8,01%, o valor mais baixo da banca cotada em Espanha.

O rácio de morosidade mantém-se nos 2,11% com uma cobertura que sobe para 68,8% devido a questões prudenciais. O rácio de mora do Bankinter em Espanha é de 2,4% face à média de 3,4% registada pelo setor, de acordo com dados até novembro do Banco de Espanha.

Relativamente à liquidez, o rácio de depósitos sobre créditos situa-se num valor muito positivo de 105,6%.

Dados do Balanço.

No final de 2024, os ativos totais do Grupo Bankinter alcançam o valor de 121.972 milhões de euros, mais 7,9% do que há um ano.

A carteira de crédito a clientes conclui o ano nos 80.097 milhões de euros, o que representa um crescimento de 4,2% face ao exercício anterior.

Os recursos totais de clientes registam um crescimento de 13,1%. Entre estes recursos, os dos clientes de retalho alcançam os 83.023 milhões de euros, mais 1,8%.

Os recursos geridos fora de balanço (fundos de investimento próprios, de terceiros comercializados pelo banco, fundos de pensões, gestão patrimonial, SICAVs e investimento alternativo) concluem um dos seus melhores anos, 57.686 milhões de euros, o que representa uma subida de 22,2%, mais 10.485 milhões de euros do que há um ano.

Rubricas da conta de resultados.

Todas as rubricas da conta de resultados registam melhorias de valores face ao ano anterior, o que comprova que, por um lado o banco soube realizar uma boa gestão dos spreads em contexto de flutuação das taxas de juro e, por outro, dinamizar a atividade comercial em todas as geografias nas quais o Bankinter opera, para gerar maiores receitas.

A margem de juros conclui 2024 nos 2.278 milhões de euros, mais 2,9% em relação ao exercício anterior, resistindo bem ao impacto da descida das taxas de juro.

Por sua vez, a margem bruta, que reflete o conjunto de receitas, ascende no final de 2024 aos 2.901 milhões de euros, mais 9,1% do que há um ano, com um bom desempenho das receitas por comissões, que refletem tanto a maior atividade transacional dos clientes como o ano positivo que tiveram os produtos de investimento e os serviços de intermediação em diferentes mercados. Em suma, as comissões recebidas pelo banco ascendem a 917 milhões de euros, mais 12,3% do que em 2023.

Entre estas comissões, destacam-se as provenientes do negócio de gestão de ativos, 335 milhões de euros, mais 21%; seguidas das comissões do negócio transacional de cobranças e pagamentos, 195 milhões de euros, que crescem 7%; e as do negócio e serviço de Valores, que englobam brokerage, administração e custódia, que crescem até aos 135 milhões de euros, o que representa mais 12%.

Subtraindo ao valor das comissões recebidas as que o banco paga aos seus parceiros de negócio da Red de Agentes e da Banca Partner, teríamos os dados das comissões líquidas recebidas pelo banco, que em 2024 ascenderam a 717 milhões de euros, mais 14,9% do que em 2023.

Quanto à margem de exploração, cresce 10,8% até aos 1.848 milhões de euros, absorvendo custos operativos que crescem 6% por maiores investimentos em novos projetos e sistemas digitais, para melhorar a produtividade.

Não obstante, um crescimento superior das receitas leva a melhorias na eficiência do Grupo, que volta a reduzir-se, alcançando um rácio de 36,3%, numa posição de liderança do setor.

Crescimento acima do mercado e de forma diversificada.

O Bankinter alcança em 2024 resultados comerciais históricos em que a estratégia de diversificação de receitas, por tipologia de negócio e também por geografias, se encontra cada vez mais consolidada. Esta estratégia está a conduzir, ano após ano, a um crescimento dos volumes de negócio com clientes, que em 2024 alcançaram o valor de 223.000 milhões de euros, entre carteira de crédito, recursos típicos e ativos sob gestão, representando uma subida de 9% face a 2023.

Esta dinâmica para a diversificação significa que as receitas provenientes de outros países, que não Espanha, assumem cada vez maior protagonismo. Assim, as receitas geradas pelo Bankinter Portugal e Irlanda representam já 15% da margem bruta do Grupo Bankinter.

Se considerarmos a evolução do negócio nos diferentes territórios nos quais o banco opera, vemos como a parte mais representativa da atividade continua a estar em Espanha, incluindo o EVO, no qual a entidade alcançou um resultado antes de impostos de 1.219 milhões de euros em 2024, mais 10% do que no ano anterior. Quanto ao balanço, a carteira de crédito em Espanha alcança os 66.000 milhões de euros, com um crescimento anual de 2,4%. Relativamente aos recursos de clientes (retail e wholesale, ex repos) somam 76.000 milhões de euros, crescendo 4% no ano. Os recursos geridos fora de balanço mais intermediação chegam aos 122.000 milhões de euros, mais 20%.

Quanto a Portugal, a carteira de crédito conclui o ano nos 10.000 milhões de euros, mais 8% do que há um ano. O total dos recursos de clientes alcança um valor semelhante, com um crescimento de 14%. Os recursos geridos fora de balanço mais intermediação crescem 10% para os 9.000 milhões de euros. O resultado antes de impostos do Bankinter Portugal em 2024 foi de 195 milhões de euros, mais 18% do que no ano anterior.

Em relação à Irlanda, a carteira de crédito regista um crescimento anual de 27% para 3.800 milhões de euros, que incluem uma carteira hipotecária de 2.900 milhões de euros, 31% superior à de 2023, e 1.000 milhões de euros em crédito ao consumo, mais 17%. A nova produção creditícia na Irlanda em 2024 foi de 1.200 milhões de euros, mais 17% do que em 2023. Quanto ao resultado antes de impostos desta sucursal foi de 41 milhões de euros, 23% superior ao valor de há um ano.

Em relação às diferentes linhas de negócio do Grupo Bankinter, a Banca Comercial, que agrupa o negócio dos clientes particulares, registou em 2024 o maior contributo para as receitas do Grupo. O património de clientes gerido na Banca Comercial situou-se nos 127.000 milhões de euros, ou seja, mais 14.000 milhões de euros do que no final de 2023, dos quais 7.000 milhões são património líquido novo e os outros 7.000 milhões de euros resultam de efeito de mercado. No total, mais 12% no ano de património gerido.

Detalhando por segmentos de clientes, 71.000 milhões de euros correspondem à Banca Patrimonial, na qual se incluem os clientes com maior património, e 57.000 milhões de euros dizem respeito à Banca Retail.

Entre os produtos da Banca Comercial, a atividade de gestão de ativos, fundamental na geração de receitas via comissões, liderou o crescimento do banco, com os recursos geridos fora de balanço a atingirem 57.686 milhões de euros no final de dezembro, mais 22,2%.

Entre os recursos geridos fora de balanço, os fundos de investimento, tanto próprios como de terceiros comercializados pelo banco, concluíram um exercício histórico, situando-se a Bankinter Gestión de Activos como uma das três gestoras do mercado em Espanha com maiores captações líquidas, segundo a associação Inverco. No final de 2024, a carteira de fundos de investimento próprios ascende a 16.103 milhões de euros, mais 24,1% do que em 2023. Os fundos de investimento de outras gestoras comercializados pelo banco crescem para 24.175 milhões de euros, mais 23,2%. Quanto aos fundos de pensões, registam uma subida de 11,2%. A carteira de gestão patrimonial y SICAVs cresce mais de 30%.

Na Banca Comercial, dois dos produtos com mais poder de captação e via de entrada de muitos clientes no banco são a conta ordenado, nas suas diferentes modalidades, e o crédito hipotecário. No primeiro, o Bankinter registou um crescimento de contas de 4% para as 665.000.

O negócio hipotecário registou alguma dinâmica no segundo semestre, em linha com o melhor comportamento do mercado de compra e venda de casas, o que permitiu igualar a nova produção hipotecária à do ano anterior, 5.800 milhões de euros, dos quais cerca de 70% foram contratados em regime de taxa fixa ou taxa mista. Estes valores representam para o Bankinter uma quota de mercado em novas operações de 6,6% em Espanha, 6% em Portugal e de 7,1% na Irlanda, segundo os últimos dados publicados pelos respetivos bancos centrais destes países.

Com tudo isto, a carteira hipotecária residencial do Grupo Bankinter ascende a 36.500 milhões de euros a 31 de dezembro de 2024, mais 5% do que há um ano.

Destaca-se também a liderança alcançada pelo Bankinter Investment no negócio do investimento alternativo, através do qual já foram lançados 28 veículos estruturados e nos quais já investiram mais de 14.700 investidores, com um capital comprometido de 5.074 milhões de euros, representando mais 11,2% do que em 2023.

Por sua vez, a Banca de Empresas concluiu um exercício igualmente positivo, situando a sua carteira de crédito nos 34.700 milhões de euros, 6% acima do valor alcançado no ano anterior, e sem deixar de crescer em todos os anos anteriores. Isto significa que o Bankinter não deixou de aumentar o saldo da sua carteira de crédito nos últimos anos e de financiar as empresas nos seus projetos de desenvolvimento.

Por países, o crescimento da carteira de crédito em Espanha foi de 7%, face a um setor que se manteve estável; e de 9% em Portugal, com um setor a crescer 3%, em ambos os casos comparando com os últimos dados publicados em novembro pelo Banco de Espanha e pelo Banco de Portugal, respetivamente.

No âmbito desta carteira, o saldo do crédito no negócio de Banca Internacional é de 10.200 milhões de euros, o que representa um crescimento anual de 14%, denotando o dinamismo do banco nesta atividade de financiamento e apoio às empresas nos seus projetos exteriores. Importa assinalar o saldo do negócio de ‘supply chain finance’, no qual o Bankinter apresenta uma proposta comercial claramente diferenciada e que soma já 246 milhões de euros, com um crescimento no ano de 80%.

Aposta na digitalização e na sustentabilidade.

Quanto à atividade digital do Bankinter, importa destacar as diferentes novidades implementadas em torno da Inteligência Artificial, tanto na relação com clientes, com melhorias na web de fundos ou na procura e gestão de recibos na web, como na produtividade interna e na melhoria da eficiência nos processos de gestão.

O Bankinter está a dar um forte impulso ao negócio sustentável, com valores destacados como os 446 milhões de euros em novas operações de energias renováveis, do Bankinter Investment, ou os mais de 9.800 milhões de euros de património em fundos de investimento sustentáveis próprios, que representam já 51% do total da carteira da Bankinter Gestión de Activos. O banco mantém igualmente a trajetória de cumprimento dos objetivos de descarbonização fixada para o total da nossa carteira de financiamento às empresas, com uma redução de 5,2% das toneladas de CO2 por cada milhão de euros em 2024.

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