Bankinter regista resultados líquidos de 473,5 milhões de euros no primeiro semestre, mais 13,3%, ganhando quota de mercado em todos os negócios e geografias
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O banco consolida a sua posição de liderança setorial em termos de eficiência no primeiro semestre, com um rácio de 34,13%, e em termos de rentabilidade, com um ROE de 17,7%.
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Todas as rubricas do balanço crescem a bom ritmo: crédito a clientes (+ 5,5%), recursos de clientes de retalho (+3,6%) e recursos fora de balanço (+20,3%).
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O Bankinter regista um crescimento em todas as suas linhas de proveitos, que se reflete no bom desempenho de todos os indicadores: margem de juros (+8,6%), margem bruta (+10,4%) e margem de exploração antes de provisões (12,5%).
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O Bankinter Portugal regista resultados antes de impostos de 102 milhões de euros, representando um crescimento de 20%.
Presentación de resultados de Bankinter 1S2024 from bankinter on Vimeo.
18/07/2024 – O Grupo Bankinter acelera a tendência de crescimento iniciada no primeiro trimestre deste ano e continua a ganhar quota de mercado de forma sustentável e diversificada em todos os negócios e geografias em que opera. O Grupo regista no final do primeiro semestre valores muito positivos em todas as rubricas do balanço, com um crescimento nos volumes de negócio: na carteira de crédito e recursos de clientes, tanto em depósitos como em recursos fora de balanço. Todas as margens e rácios da conta de resultados refletem o crescente contributo dos vários negócios, que registam uma melhoria do seu perfil de risco.
Assim, o Grupo Bankinter alcança no primeiro semestre de 2024 resultados antes de impostos de 715,4 milhões de euros, o que representa mais 14,4% do que o valor registado no final de junho de 2023. Quanto aos resultados líquidos, somam um total de 473,5 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2024, um crescimento de 13,3% face ao mesmo período do ano passado.
Os bons resultados do negócio refletem-se também em todas as rubricas da conta de resultados. O ROE, ou rentabilidade sobre capitais próprios, continua a melhorar, tendo alcançado um excelente valor de 17,7%, ficando 221 pontos-base acima do valor registado há um ano e liderando o setor bancário espanhol. Quanto ao ROTE, consolida-se nos 18,8%.
O rácio de capital CET1 fully loaded situa-se nos 12,4%, 19 pontos-base acima do valor registado em junho de 2023. Este valor mantém-se muito acima do mínimo regulatório de 7,85% exigido pelo Banco Central Europeu (BCE) ao Bankinter, o mais baixo entre a banca cotada em Espanha, o que significa que o Bankinter conta com uma folga de 4,59% relativamente ao requisito exigido pelo BCE.
Por sua vez, o rácio de morosidade desce 6 pontos-base face ao trimestre anterior, situando-se nos 2,17%. Considerando apenas o negócio em Espanha, o Bankinter regista um rácio de morosidade de 2,5% face à média de 3,6% registada no setor, de acordo com os dados até abril do Banco de Espanha.
Quanto à liquidez, o rácio de depósitos sobre créditos mantém-se num excelente valor de 104,6%.
Como tem sido habitual, o Bankinter mantém a liderança setorial em Espanha em termos de eficiência, que regista melhorias de trimestre para trimestre. O rácio de eficiência, que expressa a relação entre proveitos e custos, que é mais favorável quanto mais baixo for, situava-se nos 34,1% no primeiro semestre deste ano, para o total do Grupo, face aos 35,4% de há um ano.
Dados do Balanço.
Os ativos totais do Grupo Bankinter alcançam a 30 de junho de 2024 os 118.400 milhões de euros, mais 7,5% do que há um ano.
A carteira de crédito a clientes chega aos 78.687 milhões de euros, 5,5% acima da registada no primeiro semestre de 2023.
Relativamente aos recursos de clientes de retalho, alcançam os 80.755 milhões de euros, com uma subida de 3,6%
Por sua vez, os recursos geridos fora de balanço (fundos de investimento próprios e de terceiros, comercializados pelo banco, fundos de pensões, gestão patrimonial, SICAVs e investimento alternativo) registam um crescimento muito expressivo de 20,3% para os 52.768 milhões de euros.
Rubricas da conta de resultados.
Todas as rubricas da conta de resultados refletem o forte crescimento dos volumes da carteira de crédito e dos recursos, especialmente os geridos fora de balanço, que representam uma mais-valia para o cliente e maior retorno para o banco em termos de comissões de gestão. Estratégias acertadas em cada um dos negócios e geografias em que o banco opera, a captação dinâmica de clientes por parte da rede comercial e uma boa gestão dos spreads estão na base do crescimento das rubricas.
A margem de juros, por exemplo, cresce 8,6% face ao valor registado há um ano, concluindo o primeiro semestre de 2024 nos 1.160,3 milhões de euros.
A margem bruta, que engloba todas as receitas do Grupo, alcança a 30 de junho os 1.410,5 milhões de euros, com um significativo crescimento de 10,4%, resultante do bom desempenho das comissões, entre outras fontes de receitas.
O total das comissões registadas pelo banco, na sua maioria provenientes de serviços de maior aportação de valor para o cliente, somam a 30 de junho 439,8 milhões de euros. Especificando por tipo de comissões, a parte principal, 114 milhões de euros, provém do negócio da gestão de ativos, que regista uma subida de 20% em relação ao ano anterior. Seguem-se o negócio de cobranças e pagamentos, que se situa nos 95 milhões de euros, mais 7%, e no negócio de Valores e Custódia, cujas comissões crescem 8% para os 67 milhões de euros.
Deduzindo do total destas comissões as que o banco paga aos seus sócios da Rede de Agentes e Banca Partner, pelo seu contributo para o negócio, registamos as comissões líquidas, que cresceram 12,7% para 342 milhões de euros no primeiro semestre.
A margem de exploração situa-se nos 929,2 milhões de euros, com um forte crescimento de 12,5%, apesar do crescimento dos custos operativos de 6% até aos 481 milhões de euros. Esta subida resulta de maiores custos com pessoas e pelos investimentos que o banco está a realizar nas suas várias geografias para concretizar novos projetos, como é o caso da nova sucursal na Irlanda ou o negócio de cartões em Portugal, assim como melhorias na infraestrutura tecnológica da sua sucursal em Portugal.
Não obstante, e dado o forte crescimento dos proveitos, superior aos custos, o rácio de eficiência do Grupo continua na liderança do setor em Espanha, situando-se nos 34,1%, melhorando 126 pontos-base relativamente ao valor de há um ano.
Mais quota de mercado em todos os negócios e países.
A estratégia comercial do Bankinter baseia-se num posicionamento consistente e diferenciado em cada uma das linhas de negócio e geografias em que opera. Em todas elas, o banco continuou a aumentar a sua quota de mercado, ao crescer de forma sustentada, acima da média setorial. A combinação de linhas de negócio mais maduras com outras incorporadas mais recentemente e com maior potencial, gerou uma estratégia cada vez mais equilibrada e diversificada.
Nesse sentido, a principal atividade do banco continua a situar-se em Espanha, onde conta com a maior capacidade comercial instalada. No final do primeiro semestre, a entidade alcançou em Espanha uma carteira de crédito de 62 mil milhões de euros, com um crescimento anual de 2,5% impulsionado pela carteira de crédito a empresas. Os recursos de clientes somam 70 mil milhões de euros, mais 5%, e os recursos geridos fora de balanço crescem 20% até aos 48 mil milhões de euros. Os resultados antes de impostos do Bankinter Espanha foram de 686 milhões de euros, mais 14%.
Quanto a Portugal, a carteira de crédito alcança os 10 mil milhões de euros, mais 12%. Um crescimento que se eleva até aos 13% nos recursos de clientes, que chegam aos 8 mil milhões de euros, e até aos 5 mil milhões de euros relativamente aos recursos geridos fora do balanço, que crescem 24% no período em análise. O resultado antes de impostos do Bankinter Portugal foi de 102 milhões de euros, representando um crescimento de 20%.
Relativamente à Irlanda, a carteira de crédito chega aos 3,5 mil milhões de euros, mais 41% do que há um ano, dos quais 2,6 mil milhões são referentes a hipotecas, carteira que registou um crescimento de 51% no período. Destaque também para o rácio de morosidade do negócio na Irlanda, que é de apenas 0,3%. O resultado antes de impostos do Bankinter Irlanda foi de 20 milhões de euros, o que representa um crescimento de 20% em relação há um ano.
Analisando as várias linhas de negócio, a atividade da Banca de Empresas mantém o seu ritmo de crescimento rentável. A carteira de crédito deste negócio para o total do banco situa-se nos 33,5 mil milhões de euros e é 7% superior à do primeiro semestre de 2023. Este crescimento é de 5,4% relativamente à carteira de crédito a empresas em Espanha, um valor muito positivo num mercado em contração e que contrasta com a queda de 3,1% verificada no setor para esta mesma atividade. O crescimento em Portugal é percentualmente muito maior, de 25% face a um setor que cresce apenas 0,9%. Estas conclusões têm por base os dados até abril do Banco de Espanha e do Banco de Portugal.
No Negócio de Empresas, a atividade internacional continua a ser uma das mais dinâmicas. Assim, a carteira de crédito do Negócio Internacional cresce 17%, alcançando 9,8 mil milhões de euros a 30 de junho. Alguns negócios, como o Supply chain finance, consolidam os bons resultados de uma atividade que se caracteriza pelo seu elevado contributo para os clientes empresas. A carteira deste negócio alcança os 268 milhões de euros, quadruplicando os valores registados há um ano.
Quanto à Banca Comercial, que engloba toda a atividade de clientes particulares, os valores registados no primeiro semestre traduzem-se no maior contributo para a margem bruta do banco. O património gerido de clientes alcança os 122 mil milhões de euros, mais 12% do que o valor registado em junho de 2023.
Deste valor, 68,3 mil milhões de euros correspondem à Banca Patrimonial, o segmento que reúne clientes com maior património, acima dos 59,4 mil milhões de euros registados há um ano. Dentro deste significativo crescimento, 2,4 mil milhões de euros são referentes a património líquido novo, captado nos primeiros seis meses do ano.
Noutro segmento da Banca Comercial, o da Banca Retail, que agrupa os restantes clientes, o património gerido situou-se nos 53,4 mil milhões de euros, sendo 1,9 mil milhões de euros referentes a património líquido novo, captados neste semestre.
Colocando o foco nos principais produtos da Banca Comercial, importa assinalar o bom semestre registado por todos os produtos que integram os recursos geridos fora de balanço. Assim, os fundos de investimento próprios crescem 17% para os 14,4 mil milhões de euros e os fundos de outras gestoras, comercializadas pelo banco, crescem 20%, somando 22,3 mil milhões de euros. Por sua vez, a carteira de gestão patrimonial e SICAVs cresce 36%, a carteira de investimento alternativo cresce 18% e os fundos de pensões crescem 14%.
No lado do ativo, a atividade hipotecária do Bankinter dá sinais de que está a sair da menor atividade registada no mercado ao longo dos últimos trimestres. Assim, a nova produção hipotecária alcança neste semestre os 2,8 mil milhões de euros, um bom valor, crescendo desde o primeiro ao segundo trimestre deste ano.
A carteira hipotecária residencial do Grupo Bankinter cresce 4% relativamente ao mesmo período de 2023, até aos 35,6 mil milhões de euros, com um crescimento em todas as geografias, incluindo Espanha, devido à maior dinâmica da nova produção assim como ao menor ritmo das amortizações.