Bankinter registou um resultado líquido de 200,8 milhões de euros no primeiro trimestre, um aumento de 8,7%, com um crescimento sólido em todas as suas linhas de negócio e países

18/04/2024
  • A rentabilidade sobre capitais próprios (ROE) consolida-se em 17,4%, com um ROTE de 18,4%. A eficiência melhora para 35,3%; e o rácio de Capital CET1 fully loaded, aumenta para 12,5%, 466 pontos básicos acima do mínimo exigido ao Bankinter pelo BCE.

  • O balanço do banco mostra crescimentos acima do setor: crédito (+5%); recursos de clientes de retalho (+6%) e recursos fora de balanço (fundos de investimento e pensões e gestão patrimonial/SICAVs), que aumentaram 18,2%.

  • O Bankinter revela robustez em todas as rubricas da conta de resultados: a margem de juros cresce 10,6%; a margem bruta, que agrega todas as receitas, cresce 6,9%; e a margem operacional antes de provisões cresce 7,6%.

  • O Bankinter Portugal registou um forte crescimento em todas as rubricas da conta de resultados. No balanço, a carteira de crédito cresceu 20%, para 10.000 milhões de euros; um aumento de 7,6% nos recursos de clientes, para 7.000 milhões de euros; e um aumento de 8% nos recursos fora de balanço, para 4.000 milhões de euros. O resultado antes de impostos do Bankinter Portugal foi de 47 milhões de euros, um aumento de 9%.

 

18/04/2024 -  O Grupo Bankinter abre o exercício de 2024 mantendo a trajetória de crescimento do ano anterior, com melhorias em todas as rubricas de balanço, bem como em todos os negócios e geografias onde o banco está presente. O aumento dos volumes, graças à consistência da sua estratégia comercial, à boa gestão dos spreads e a dinâmica dos segmentos de clientes de maior valor, gerou crescimento em todas as rubricas e consolidou a posição do banco como líder do setor em eficiência e rentabilidade. E tudo isto preservando o bom perfil de risco, com a morosidade controlada.

Assim, o Grupo Bankinter obteve um resultado antes de impostos de 326,7 milhões de euros no primeiro trimestre de 2024, mais 11% do que no período homólogo. O resultado líquido atingiu 200,8 milhões de euros, mais 8,7%. O impacto da nova taxa no setor financeiro, contabilizado na íntegra neste primeiro trimestre, foi de 95 milhões de euros para o Bankinter, face aos 77 milhões de euros do ano passado.

No que diz respeito aos diferentes rácios da conta, a rendibilidade dos capitais próprios (ROE) consolida-se nuns excelentes 17,4%, com um ROTE de 18,4%, valores que se situam no topo do setor em Espanha.

O rácio de capital CET1 fully loaded é de 12,5%, sendo o mínimo regulamentar exigido ao Bankinter pelo BCE de 7,8%, o mais baixo entre os bancos cotados em Espanha, o que representa uma reserva de fundos próprios de 4,66% (mais de 1.800 milhões de euros).

Quanto ao rácio de morosidade, mantém-se em níveis ótimos, em 2,2%, apenas 5 pontos base acima de há um ano. No caso de Espanha, a morosidade ascende a 2,6%, face aos anteriores 2,4%, o que compara muito bem com a média do setor que, com dados até janeiro, se situava nos 3,6%.

Destaque para o rácio de eficiência do banco, que desceu para 35,3%, face aos 35,7% de há um ano, valor ainda melhor em Espanha: 28,5%, o que significa liderar os melhores valores do setor.

No que diz respeito à liquidez, esta mantém-se em níveis ótimos. O rácio de depósitos sobre créditos é de 103%, ainda mais elevado do que há um ano, quando ascendia a 102,6%.

 

Dados do Balanço

Os ativos totais do Grupo ascendiam a 112.938,3 milhões de euros em 31 de março de 2024, mais 6,6% do que no mesmo período de 2023.

A carteira de crédito a clientes atingiu 77.041 milhões de euros, mais 5,4% do que há um ano. No que diz respeito a Espanha, a carteira de crédito cresceu 2,2%, uma percentagem um pouco inferior, num mercado imobiliário nacional mais débil, embora no setor tenha havido uma queda média de 2,7%, de acordo com dados do Banco de Espanha até fevereiro.

Os fundos de clientes de retalho totalizaram 78.750 milhões de euros, representando um crescimento de 6%, com um forte crescimento dos depósitos a prazo e uma menor queda nos saldos das contas. O crescimento percentual em Espanha também é semelhante, e muito acima da média sectorial. Por outro lado, os recursos fora de balanço cresceram significativamente, mais 18,2%, para 47.125,3 milhões de euros.

 

Rubricas da conta

Todas as rubricas da conta de resultados apresentam, por sua vez, crescimentos significativos face ao mesmo período de 2023, graças não só à evolução ainda positiva das taxas de juro, mas sobretudo aos maiores volumes da carteira de crédito e a uma estratégia comercial que continua a produzir bons resultados em todos os negócios e geografias que o banco está a desenvolver.

Assim, a margem de juros do trimestre situou-se em 577,7 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 10,6% face há um ano.

A margem bruta, que inclui todas as receitas do Grupo, ascende a 658,7 milhões de euros, um aumento de 6,9%.

As receitas de comissões relativas aos vários serviços prestados e atividades de valor que o banco presta aos seus clientes totalizaram 213,3 milhões de euros, mais 4,7%, sendo 47,8 milhões de euros provenientes da atividade de Gestão de Ativos, mais 17,6%. Seguem-se as Cobranças e Pagamentos, 45,6 milhões de euros, mais 6,2%, e as Operações com Títulos, 40,4 milhões de euros (+4,2%).

As comissões líquidas (diferença entre as cobradas e as pagas pelo banco aos seus membros na Rede de Agentes ou na Banca Partner) ascenderam a 165,8 milhões de euros, um aumento de 8,5%.

Quanto à margem de exploração, situa-se em 426,4 milhões de euros, mais 7,6%, depois de assumidos custos operacionais de 232 milhões de euros, mais 5,8% do que no mesmo período do ano passado, dos quais 128 milhões correspondem a custos com pessoal, mais 5%, e os restantes: despesas administrativas e depreciações. No entanto, dado que o crescimento das receitas é superior ao crescimento das despesas, o rácio de eficiência do Grupo melhorou para 35,3%, menos 39 pontos base do que há um ano.

 

Crescendo acima do mercado em todos os negócios e geografias

O Bankinter criou uma estratégia consistente de valor de longo prazo que permitiu impulsionar o crescimento em todas as suas linhas de negócio, sejam elas as mais recentes ou as mais estabelecidas, e em todos os países nos quais o banco opera, começando cada um deles a ganhar um destaque crescente na sua contribuição para as receitas do Grupo.

Nestes países, a maior atividade, volume de negócios e receitas correspondem ao Bankinter Espanha, que, sem incluir o EVO, fechou o primeiro trimestre com um saldo de 60.000 milhões de euros em crédito (+1,4% de crescimento anual), 67.000 milhões em recursos (+5,4%) e 43.000 milhões em recursos geridos fora de balanço (+20% anual). O resultado antes de impostos do Bankinter Espanha foi de 365 milhões de euros, um aumento de 14%.

A segunda geografia mais relevante é Portugal, onde o Bankinter registou um forte crescimento em todas as rubricas da conta de resultados. No balanço, a carteira de crédito cresceu 20%, para 10.000 milhões de euros; um aumento de 7,6% nos recursos de clientes, para 7.000 milhões de euros; e um aumento de 8% nos recursos fora de balanço, para 4.000 milhões de euros. O resultado antes de impostos do Bankinter Portugal foi de 47 milhões de euros, um aumento de 9%.

Quanto à Irlanda, o crédito situa-se nos 3.300 milhões de euros, com um crescimento de 43% no período em análise, dos quais 2.400 milhões são hipotecas, que crescem 53%. O rácio de morosidade desta subsidiária é de apenas 0,34%. O resultado antes de impostos foi de 9 milhões de euros no trimestre.

Analisando as diferentes linhas de negócio, a Banca de Empresas continua a ser a que tem um maior contributo para a margem bruta do banco, graças a uma oferta especializada, com produtos e serviços adaptados às necessidades do cliente, e muito competitiva. Nesta base, o negócio de Banca de Empresas mantém um crescimento muito positivo. Assim, a carteira de crédito a empresas atingiu os 32.900 milhões de euros no final do trimestre, o que significa mais 8,5% do que no mesmo período de 2023. Se nos concentrarmos em Espanha, o crescimento da carteira de crédito às empresas foi de 5%, face a uma queda de 3,7% no setor, segundo dados do Banco de Espanha até fevereiro. Isto significa que, num mercado em retração, o Bankinter continua a ganhar quota de mercado.

A impulsionar estes indicadores tão positivos está o Negócio Internacional, com um papel especial num ambiente de crescimento da atividade exportadora das empresas. No final do primeiro trimestre deste ano, a carteira de crédito de Negócio Internacional atingiu os 9.100 milhões de euros, com um crescimento de 15%. Alguns negócios recentes, como o ‘Supply chain finance’, multiplicaram o seu volume por 4 durante o período em análise, para 679 milhões.

No que diz respeito à atividade de Banca Comercial, ou de pessoas singulares, o resultado nestes primeiros três meses foi muito bom, sobretudo ao nível do volume de ativos sob gestão. No segmento de Banca Patrimonial, que agrupa os clientes com maior património líquido, o montante total gerido pelo banco ascende a 65.500 milhões de euros, mais 14% do que há um ano. Só neste período, o banco angariou 700 milhões de euros em património novo.

Noutro segmento, o da Banca Retail, o crescimento do património sob gestão foi de 11% para 52.100 milhões de euros, com um património líquido novo de 600 milhões de euros.

Quanto aos principais produtos que compõem a carteira da Banca Comercial, destaca-se um crescimento de 18,2% nos recursos fora de balanço. Entre eles, os fundos próprios de investimento cresceram 14,9%, para 13.960,1 milhões de euros; os fundos de outras gestoras comercializados pelo banco cresceram 18,2%, com uma carteira de 22.519,7 milhões de euros; um aumento de 14,5% para os fundos de pensões; e, finalmente, um aumento de 29% para a gestão patrimonial e SICAVs.

Quanto à carteira de contas ordenado, continua a consolidar-se como uma das principais formas de captação de clientes do banco. O número de contas ordenado ascende a 547.000, mais 5% do que há um ano.

Do lado do ativo, a produção de novas hipotecas no trimestre, no valor de 1.300 milhões de euros, é 20% inferior à do primeiro trimestre do ano passado, por vários motivos: a atual debilidade do mercado imobiliário e hipotecário, o fator sazonal provocado pela inclusão do período de férias da Páscoa neste trimestre, ao contrário do ano anterior, e os dados comparativamente inferiores do Bankinter Portugal, que no primeiro trimestre de 2023 teve um excelente desempenho graças a uma forte campanha comercial.

Ainda assim, a carteira de crédito hipotecária residencial do Grupo Bankinter cresceu 2,5% face à mesma data de 2023, com o abrandamento do ritmo de amortizações. Desta forma, o banco prevê uma reativação deste mercado no segundo semestre, dada uma possível redução da Euribor e um enquadramento macroeconómico melhor do que o previsto.