Bankinter com resultados de 560 milhões de euros em 2022, mais 28%, e antecipa num ano o resultado previsto para 2023

19/01/2023
  • Todas as rubricas da conta registam fortes crescimentos, que refletem a boa evolução do negócio com clientes: margem de juros: +20,1%; margem bruta: +12,3%; e margem de exploração antes de provisões: +16,4%.

  • A carteira de crédito a clientes cresce 9,1%, a um ritmo superior à média do setor, refletindo a dinâmica comercial do banco e o apoio às famílias e empresas numa conjuntura complexa.

  • O banco ultrapassa com resultados recorrentes os resultados anteriores à pandemia e à separação da seguradora Línea Directa.

  • A rentabilidade sobre capitais próprios, ROE, alcança os 12%, assim como o rácio de capital CET1 fully loaded. A morosidade situa-se nos 2,10%, uma das mais baixas do setor.

  • O Bankinter Portugal apresenta resultados antes de impostos de 78 milhões de euros, mais 54% do que em 2021.

 

 

19/01/2023 – O Grupo Bankinter conclui um exercício positivo, tendo alcançado, com um ano de antecedência, os objetivos de resultados previstos para 2023, conseguindo superar os resultados prévios à pandemia e à separação da seguradora Línea Directa.

Estes bons resultados têm por base uma melhoria substancial de todas as rubricas da conta de resultados, como consequência de uma maior dinâmica comercial e de uma capacidade de captação de negócios que levou o banco a crescer em todas as linhas de negócio, segmentos de clientes e diferentes geografias em que opera.

 

Declarações da Conselheira Delegada

 

Desta forma, o Grupo Bankinter alcança a 31 de dezembro de 2022 um resultado antes de impostos de 785 milhões de euros, que representa um aumento de 46,3% face ao ano anterior. Por sua vez, o resultado líquido foi de 560,2 milhões de euros, mais 28,1%, e isto apesar de em 2021 terem sido ainda incluídos quatro meses de receitas da companhia de seguros, ainda que excluindo na comparação a mais-valia gerada pela entrada da Línea Directa na bolsa, que o banco obteve nesse ano. 

Os diferentes rácios e indicadores acompanham essa dinâmica de negócio. Assim, o ROE (rentabilidade sobre capitais próprios) situa-se nos 12%, face aos 9,6% do ano anterior que não inclui a mais-valia extraordinária da Línea Directa; e com o ROTE nos 12,7%. A eficiência melhora até aos 44%, ou 40,5% relativamente a Espanha. Todos estes valores se mantêm entre os melhores do setor a nível europeu.

Quanto à solvência, o rácio de capital CET1 fully loaded sobe até aos 12%, muito acima do requisito mínimo que o BCE estabeleceu para o Bankinter para 2023, que é de 7,726%, o mesmo que no ano anterior.

Paralelamente, o Bankinter mantém o seu nível de morosidade controlado, apesar de um agravamento do contexto macroeconómico, com um rácio que se reduz até aos 2,10% face aos 2,24% de há um ano e com uma cobertura fortalecida que chega aos 66,3% face aos 63,6% de dezembro de 2021.

No que se refere à liquidez, o Bankinter mantém um gap comercial negativo, ao dispor de um volume de depósitos superior ao de créditos, de 102,8%, destacando o facto de a entidade não contar para este ano com vencimentos de emissões maioristas.

Desataca-se também o desempenho da ação BKT, com um aumento no seu valor de 39% e um rendimento total para os acionistas, no ano, incluindo dividendos, de 45%.

Dados do Balanço.

O total de ativos do Grupo mantêm-se, a 31 de dezembro de 2022, em termos semelhantes aos do ano anterior: 107.507 milhões de euros.

No que se refere à carteira de crédito a clientes, regista um crescimento de 9,1% relativamente a 2021, até aos 74.243,4 milhões de euros, refletindo a dinâmica comercial do banco e a sua disponibilidade para continuar a apoiar os projetos de financiamento de famílias e empresas numa conjuntura complexa como a atual.

Considerando apenas os dados em Espanha, a carteira de crédito cresce 5,3%, seis vezes superior à média de crescimento do setor, segundo dados de novembro do Banco de Espanha. Noutras geografias, o crescimento é muito mais acentuado: mais 15% no caso de Portugal, enquanto a Irlanda duplica o seu saldo de empréstimos.

Quanto aos recursos de clientes de retalho, concluem o ano nos 75.164,3 milhões de euros, o que representa um aumento de 3,7% face a 2021, num contexto de elevada concorrência entre as instituições.

Por sua vez, os recursos geridos fora do balanço registam uma descida de 9,4% em 2022 devido sobretudo a uma evolução negativa dos mercados de renda fixa e dos mercados de ações que impacta toda a valorização dos ativos. Não obstante, o património de fundos de investimento da Bankinter Gestión de Activos cresce 3,3%

Rubricas da conta de resultados.

Todas as rubricas da conta de resultados registam crescimentos muito importantes relativamente ao ano anterior, fruto de uma evolução favorável das taxas de juro e da maior dinâmica comercial do banco, que se traduziu em maiores volumes, especialmente da carteira de crédito.

Assim, a margem de juros conclui 2022 com valores 20,5% superiores aos de 2021, alcançando os 1.536,7 milhões de euros, terminando um excelente trimestre estanque, o melhor dos últimos anos.

Quanto à margem bruta, situa-se a 31 de dezembro, pela primeira vez, acima dos 2.000 milhões de euros, concretamente 2.084,3 milhões de euros, que representam um crescimento de 12,3% face a 2021. 

Relativamente à margem de exploração antes de provisões, conclui 2022 com valores igualmente positivos, 1.166,3 milhões de euros, mais 16,4% do que em 2021, assumindo custos operacionais que crescem 7,6% devido a maiores investimentos em novos projetos e ao aumento da retribuição da equipa para dar suporte aos mesmos, e com custos regulatórios que somam 140 milhões de euros em 2022, face aos 124 milhões de euros do ano anterior, e que representam 7% da margem bruta. 

Dinâmica comercial, estratégia consistente e sólida posição reputacional.

Um foco estratégico consistente no tempo e muito bem definido, um sólido posicionamento reputacional e a maior dinâmica da rede comercial do banco, resultaram em crescimentos importantes em todos os negócios, em todos os produtos e em todas as geografias.

No negócio de Empresas, que contribui com 33% para a margem bruta do banco, importa destacar o incremento da carteira de crédito, 9,3% superior à de 2021, com uma nova produção que cresce 28% em 2022. Se considerarmos apenas a carteira de crédito a empresas em Espanha, o crescimento é de 8,2%, face a um setor que cresce 1,8%, de acordo com dados de novembro do Banco de Espanha. Isto significa que o Bankinter continua a ganhar quota de mercado e que se manteve ao lado dos seus clientes, financiando a sua atividade empresarial num contexto desafiante.

O apoio às empresas também na sua atividade exterior, com novos serviços e equipas cada vez mais especializadas, traduziu-se em crescimentos de 25% do crédito no negócio internacional de empresas, que alcança já os 8.000 milhões de euros. Da mesma forma, a relação do Bankinter com os seus clientes empresas continua a fortalecer-se, como demonstra o maior protagonismo que está a assumir o negócio transacional, cuja margem bruta supera em 48% a de 2021.

Quanto ao negócio da Banca Comercial, ou dos particulares, destaca-se o crescimento do património gerido entre os segmentos mais elevados, como são os de Banca Privada, hoje Banca Patrimonial, e Banca Retail. Este património alcança no primeiro destes segmentos os 51.100 milhões de euros face aos 49.900 milhões de 2021, e isto apesar de um efeito de mercado que impactou negativamente no valor desse património em 3.300 milhões de euros. O Bankinter captou em 2022 mais de 4.000 milhões de euros de património líquido novo.

Na Banca Retail, o património gerido alcança os 41.400 milhões de euros, face aos 39.700 milhões de euros do ano passado, mesmo considerando um efeito negativo de mercado de 1.500 milhões de euros. O património líquido novo captado em 2022, neste segmento, foi de 3.400 milhões de euros.

O principal produto captador de clientes da Banca Comercial continua a ser a conta ordenado, a única do género que mantém as suas condições vantajosas desde o seu lançamento, há mais de 10 anos. A carteira de contas ordenado ascende já a 16.700 milhões de euros, o que representa 2,4 vezes mais que o saldo de há 5 anos, em 2017.

No que se refere ao negócio hipotecário, a carteira alcança um valor global de 33.700 milhões de euros. O crescimento da carteira hipotecária em Espanha foi de 2,8% em 2022, face uma média de crescimento setorial de 0,4%, de acordo com dados de novembro do Banco de Espanha. A nova produção hipotecária, incluindo todas as geografias e também o EVO Banco, foi de 6.700 milhões de euros em 2022, o que representa um crescimento de 13% face a 2021 e uma de quota de mercado de 6,7% em novas operações.

Merece uma menção especial a atividade da banca de investimento, especialmente o negócio de investimento alternativo, desenvolvido a partir da filial Bankinter Investment, A entidade lançou até agora 19 veículos de investimento, com um capital comprometido por investidores superior a 4.000 milhões de euros. Este negócio, que gerou uma margem bruta de 154 milhões de euros em 2022, iniciará em 2023 um novo caminho de crescimento através do lançamento da nova gestora de investimento alternativo, que permitirá que clientes de retalho acedam a estes ativos.

Nos vários países em que o Bankinter opera, o resultado pode definir-se como muito positivo. Este é o caso de Portugal, onde o volume de negócio gerido não deixou de crescer desde a chegada do banco ao país. Somando os recursos de balanço, recursos fora de balanço e o crédito, o Bankinter Portugal alcança os 18.200 milhões de euros de volume de negócio, face aos 11.400 milhões de euros de 2017. No que se refere a 2022, o crédito cresceu 15% para 8.000 milhões de euros e os recursos de clientes subiram 9% para os 6.400 milhões de euros.

A conta de resultados do Bankinter Portugal obtém em 2022 indicadores muito relevantes, com base num crescimento da margem de juros de 35%, 25% da margem bruta e 47% da margem antes de provisões. Tudo isto se traduz num resultado antes de impostos de 78 milhões de euros, 54% superior ao de 2021.

Por sua vez, o negócio da Irlanda reflete a excelente evolução da atividade hipotecária, cujos bons resultados se refletem na margem bruta. A carteira de crédito da Avant Money, marca com que o Bankinter opera na Irlanda, alcança os 2.300 milhões de euros, mais 132% do que em 2021. Desse volume, 1.600 milhões de euros correspondem a hipotecas, valor que representa o triplo da carteira de há um ano, e com um rácio de mora de apenas 0,4%. A Avant Money conclui 2022 com uma margem bruta de 80 milhões de euros, mais 34% do que em 2021.

Relativamente ao Bankinter Consumer Financer, a filial do banco onde se consolidam os dados da Irlanda, o desempenho em 2022 foi igualmente positivo. A carteira de crédito soma já 5.500 milhões de euros, dos quais 1.600 milhões de euros são hipotecas na Irlanda e o resto, negócio de consumo: 2.600 milhões de euros em empréstimos e demais, negócio de cartões nas suas diversas modalidades. 

Quanto ao EVO Banco, os dados de crédito mostram que a nova estratégia seguida pela filial está a encontrar aceitação por parte dos clientes digitais. As novas hipotecas contratadas em 2022 ascenderam 984 milhões de euros, mais 35% do que em 2021, sendo 98% das quais a taxa fixa graças a uma das ofertas mais competitivas do mercado. A carteira de crédito soma já 2.700 milhões de euros, com um crescimento em 2022 de 45%. A margem bruta deste negócio ascendeu em 2022 a 37 milhões de euros, 55% superior à de 2021.

Por último, importa mencionar alguns dados relativos à atividade em matéria de Sustentabilidade, nos seus respetivos âmbitos: Ambiental, Social e de Governo Corporativo. No primeiro, o banco continuou a avançar o seu processo de descarbonização da carteira de Empresas e com a previsão de incorporar a carteira hipotecária neste roteiro de descarbonização. Por sua vez, o negócio sustentável manteve um ritmo ascendente, com números destacados, como os mais de 1.600 milhões de euros em financiamento sustentável a empresas ou o incremento nos fundos de investimento e planos de pensões ASG próprios, que pela primeira vez superam os 1.000 milhões de euros. No que se refere ao âmbito Social e de Governo Corporativo, destacam-se os dados de acessibilidade digital nos sites e app do banco, o compromisso com o emprego e o pleno cumprimento das recomendações de Bom Governo.

 

Outros recursos

 

Áudio: Comentários sobre a inflação de María Dolores Dancausa, Conselheira Delegada do Bankinter

 

Áudio: Comentário de María Dolores Dancausa, Conselheira Delegada do Bankinter, sobre o apoio aos Clientes