Bankinter aumenta em 21,2% o resultado recorrente para 430 milhões de euros, com melhorias nas várias rubricas e forte crescimento do negócio

20/10/2022
  • Excluindo a mais-valia pela operação da Línea Directa, os resultados recorrentes do banco superam os resultados de 2021, que incluíam quatro meses de receitas da Línea Directa.

  • A boa evolução das diferentes linhas de negócio gera crescimento em todas as rubricas da conta de resultados: margem de juros, +11,6%; margem bruta, +6,7%; margem de exploração antes de provisões, +8%

  • Tanto a carteira de crédito a clientes (+10,3%), como os recursos de retalho (+10,4%) crescem a dois dígitos, refletindo a dinâmica comercial num contexto complexo.

  • A rentabilidade sobre capitais próprios, ROE, situa-se nos 11,6%; o rácio de capital CET1 fully loaded nos 11,90% e o rácio de morosidade nos 2,10%, o mais baixo do setor.

  • Destaque para o crescimento da atividade comercial do Bankinter Portugal, com uma carteira de crédito a crescer 13%, para 7.700 milhões de euros, e recursos de clientes a crescerem 12%, para 6.300 milhões de euros, tendo obtido um resultado antes de impostos de 54 milhões de euros, mais 33% do que no mesmo período de 2021.

 
20/10/2022 – O Grupo Bankinter conclui o terceiro trimestre de 2022 com um forte crescimento do balanço e de todos os indicadores de negócio, como consequência de uma atividade comercial que mantém o bom ritmo do exercício e que se traduz na melhoria de todas as margens e do respetivo resultado.
 
Estes dados servem para constatar o potencial do Bankinter para aumentar a quota de mercado em todos os negócios, nacionais e internacionais, em que opera; e a sua capacidade para mais do que compensar com a atividade puramente bancária as receitas obtidas pela Línea Directa até abril de 2021.
 
Assim, o Grupo Bankinter alcança a 30 de setembro de 2022 um resultado líquido de 430,1 milhões de euros, o que representa um crescimento de 21,2% face ao mesmo período do ano passado, período esse que incluía quatro meses de receitas da Línea Directa, e sem ter em conta a mais-valia gerada pela entrada da companhia de seguros na bolsa.
 
Por sua vez, o resultado antes de impostos da atividade bancária foi de 601,6 milhões de euros. Comparando estritamente este valor com o mesmo período de 2021, o crescimento foi de 35,9%.
 
Toda esta dinâmica do negócio reflete-se nos principais rácios e indicadores, que evidenciam a solidez do balanço do banco, assim como o seu nível de solvência e rentabilidade.
 
Esta última, medida em termos de ROE (rentabilidade sobre capitais próprios), situa-se nos 11,6%, valor que está entre os mais elevados do setor; e com um ROTE de 12,3%.
 
Quanto à solvência, o rácio de capital CET1 fully loaded alcança os 11,90%, superando muito folgadamente o requisito mínimo exigido pelo Banco Central Europeu (BCE) para uma entidade com o nível de risco e o tipo de atividade do Bankinter, que é de 7,726%.
 
Paralelamente, o banco mantém o seu nível de morosidade muito abaixo da média do setor, com um rácio de 2,10% que é inclusivamente inferior ao dos trimestres anteriores e que está 30 pontos-base abaixo do de há um ano.  Não obstante, o Bankinter continuou a reforçar de forma prudente a cobertura dessa morosidade até aos 65,1% face aos 62,8% de há um ano.
 
O rácio de eficiência situa-se nos 43,16% face aos 43,87% registados no ano passado. Relativamente ao Bankinter Espanha nos últimos 12 meses, esse rácio é de 41,8%
 
Quanto à liquidez, o Bankinter conta com um gap comercial negativo, o que significa dispor de um volume maior de depósitos de clientes do que de créditos, com um rácio de 106,1% que é inferior em apenas dois pontos-base ao de há um ano.
 
Dados do balanço
 
Os ativos totais do Grupo crescem no final do terceiro trimestre até aos 110.498,7 milhões de euros, sendo este valor 7,8% superior ao registado há um ano.
 
Tanto a carteira de crédito a clientes como os recursos de retalho crescem neste período a dois dígitos, refletindo a dinâmica comercial num contexto complexo.
 
O crescimento da carteira de crédito é de 10,3% e alcança os 72.871,1 milhões de euros, o que indica que o banco aumentou o seu apoio financeiro tanto a famílias como a empresas. Colocando o foco apenas em Espanha, a carteira cresce um pouco menos, 6,7%, sendo que este valor está acima da média do setor, que cresce 1,8%, de acordo com dados até agosto do Banco de Espanha. 
 
Relativamente aos recursos de clientes de retalho, somam um total de 76.309,6 milhões de euros, mais 10,4%, com um crescimento em Espanha de 10,6%, também acima do setor, que registou 6,1%, segundo os dados até agosto. Por sua vez, os recursos geridos fora de balanço registam uma queda, numa comparação anual, de 7,3%, devido sobretudo à má evolução dos mercados e ao impacto que essa trajetória teve sobre a valorização destes ativos.
 
Rubricas da conta de resultados
 
As rubricas da conta de resultados também refletem uma tendência de melhoria semelhante, devido aos maiores volumes e uma atividade comercial que acompanha a trajetória ascendente do exercício.
 
A margem de juros acumulada situa-se a 30 de setembro de 2022 nos 1.065,5 milhões de euros, com um aumento de 11,6% que reflete uma melhoria da margem de clientes, e com valores que estão muito acima dos trimestres anteriores.
 
Quanto à margem bruta, fecha este período nos 1.517,7 milhões de euros, o que representa um crescimento de 6,7% face há um ano, com uma contribuição cada vez maior do resto das geografias onde o banco opera: Portugal e Irlanda, e o negócio do EVO Banco. Do total de receitas, 70% corresponde à margem de juros e 30% às comissões. Estas comissões, ou seja, as receitas pelas diferentes atividades que o banco realiza, somam nestes nove meses 452 milhões de euros, mais 2% do que no mesmo período do ano passado.
 
Os negócios que mais contribuem para estas comissões são a gestão de ativos (149 milhões de euros), a atividade de cobranças e pagamentos (120 milhões de euros), o negócio dos valores mobiliários (85 milhões de euros) e as diferenças cambiais (70 milhões de euros), entre outros.
 
No que se refere à margem de exploração antes de provisões, situa-se nos 862,6 milhões de euros, com um crescimento de 8% depois de absorver custos operacionais no valor de 655 milhões de euros, 4,9% superiores ao registados no mesmo período de 2021, devido a maiores investimentos nos diferentes negócios e geografias.
 
Uma estratégia comercial consolidada e cada vez mais pujante
 
Com uma reputação comprovada no mercado, a marca Bankinter continua a mostrar uma forte capacidade de atração de novos clientes, que se traduziu em importantes crescimentos em todos os negócios e em todas as geografias.
 
Entre os diferentes negócios, o de Empresas é o que regista a maior contribuição para as receitas do Grupo. A carteira de crédito deste negócio alcança a 30 de setembro os 30.800 milhões de euros, mais 11,5% face há um ano. A nova produção de crédito deste período é 40% superior à dos nove primeiros meses de 2021, o que reflete essa maior dinâmica e captação. Considerando a carteira de crédito a empresas só em Espanha, o crescimento é de 11,1%, muito superior à média do setor, que cresce apenas 3,3%, de acordo com os dados até agosto.
 
Existem duas atividades que estão a revelar-se cruciais no âmbito das Empresas: o negócio transacional cuja margem bruta cresce 41% no período e que revela maior interação e ligação com as empresas; e, sobretudo, o Negócio Internacional, onde o Bankinter se consolida como operador destacado. O crédito no Negócio Internacional cresce 38%; e a margem bruta que deriva desta atividade cresce 45% relativamente ao mesmo período de 2021, representando 179 milhões de euros.
 
Quanto ao negócio da Banca Comercial, ou de particulares, reflete também as consequências deste maior potencial. Começando pelo património gerido no segmento da Banca Privada, atualmente Banca Patrimonial, alcança os 49.300 milhões de euros, mais 3% do que há um ano, com um património novo captado de 3.400 milhões de euros. Não obstante, este património foi impactado pela má evolução dos mercados, que tiveram um efeito negativo nestes nove meses de 4.400 milhões de euros.
 
Na Banca Personal, o crescimento do património, numa comparação anual, é de 12% alcançando os 32.300 milhões de euros. O património líquido novo captado nos três primeiros trimestres foi de 1.800 milhões de euros, com um efeito de mercado negativo nesse mesmo período de 1.900 milhões de euros.
 
Quanto aos principais produtos de captação da Banca Comercial, tais como a Conta Ordenado e as hipotecas, a evolução está a ser francamente positiva. A Conta Ordenado do Bankinter acumula um saldo de 16.600 milhões de euros, mais 15% do que há um ano, e isto apesar do lançamento de novos produtos com ofertas agressivas por parte da concorrência. Por sua vez, a carteira hipotecária do grupo, incluindo tanto o EVO Banco como o Bankinter Portugal e Irlanda, ascende a 33.400 milhões de euros, face aos 30.600 milhões de há um ano. O crescimento em Espanha da carteira hipotecária é um pouco inferior, em 1,6%, como consequência da subida das taxas de juros e a consequente revisão em alta das taxas fixas das hipotecas, ainda que continue acima da média do setor em Espanha, que foi de 1,3%, de acordo com os dados até agosto. A nova produção hipotecária destes primeiros nove meses cresce 19% relativamente ao mesmo período de 2021.
 
O Grupo Bankinter continuou a aumentar a sua quota de mercado em todos os países em que opera. É o caso de Portugal, onde tanto o crédito como os recursos de clientes crescem a dois dígitos. A carteira de crédito, incluindo Banca Comercial e Banca de Empresas, alcança os 7.700 milhões de euros, mais 13% do que em setembro do ano passado. Quanto aos recursos de clientes, o crescimento é de 12%, até aos 6.300 milhões de euros. Relativamente às rubricas da conta de resultados, todas registam melhorias importantes: mais 21% na margem de juros; mais 16% na margem bruta; e um resultado antes de provisões 30% superior ao de há um ano. Desta forma, o resultado antes de impostos do Bankinter Portugal cresce 33%, alcançando os 54 milhões de euros.
 
Por sua vez, o negócio na Irlanda, sob a marca Avant Money, regista a boa evolução do produto hipotecas, que o banco introduziu há relativamente pouco tempo e que se já se tornou numa referência nesse mercado. A carteira de crédito total da Avant Money chega aos 2.100 milhões de euros, mais 177% do que há um ano. Nesta carteira, 1.500 milhões de euros correspondem a hipotecas, que registam um crescimento exponencial de 480%, e 700 milhões dizem respeito ao financiamento ao consumo, que também cresce, ainda que a um ritmo inferior: 29%. O rácio de mora da Avant Money é praticamente insignificante: 0,4%
 
Estes dados do negócio na Irlanda consolidam-se no Bankinter Consumer Finance, a filial do banco especializada em Consumo. A carteira de crédito desta filial alcança a 30 de setembro os 5.200 milhões de euros, o que representa um crescimento de 56% sobre o valor de há um ano. Sem incluir as hipotecas da Avant Money na Irlanda, o volume da carteira é de 3.700 milhões de euros, com um crescimento de 21%. Deste valor, 2.400 milhões de euros correspondem a empréstimos ao consumo e o resto a diversas tipologias de cartões, das quais 400 milhões de euros são relativos a cartões revolving. O rácio de mora do Bankinter Consumer Finance é de 4,2%.
 
Quanto ao EVO Banco, os dados colocam em evidência o potencial desta marca digital do Grupo, cuja carteira de crédito registou este ano um crescimento de 47%, até aos 2.489 milhões de euros. A nova produção hipotecária foi de 727 milhões de euros nestes primeiros nove meses, o que representa mais 33% do que no mesmo período de 2021.
 
Merece uma referência especial a atividade do Bankinter no âmbito da Sustentabilidade, concebida de forma transversal a todo o banco e articulada no Plano denominado “3D” pelos três critérios, ambiental, social e de governo corporativo, a que faz referência. Assim, na dimensão Ambiental, o Bankinter leva a cabo uma estratégia de descarbonização, focada na redução de emissões de CO2 ligadas ao financiamento de empresas; e desenvolveu uma carteira significativa de produtos sustentáveis, tanto para empresas como para particulares. Relativamente aos âmbitos Social e de Governo Corporativo, destacam-se os diferentes programas em prol da acessibilidade digital, educação financeira, o compromisso do banco com o emprego e o pleno acompanhamento das recomendações de Bom Governo.
 
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